terça-feira, 25 de junho de 2013

Navio Mayflower

O território que hoje pertence aos Estados Unidos da América começou a ser colonizado pelos homens brancos no século XVII. As terras foram descobertas durante o reinado de Elizabeth I, entretanto a rainha não possuía condições de proteger o novo território porque enfrentava uma série de problemas dentro da Inglaterra.

Os ricos fazendeiros começaram a dispensar todos os seus trabalhadores para cercar as terras e cuidar somente da criação de ovelhas (os cercamentos), isso gerou  uma grande massa de desabrigados vagando revoltadamente pelas ruas inglesas. Para piorar a situação muitos desses homens e mulheres eram adeptos da igreja calvinista (puritanos) ou católica e vinham sendo perseguidos duramente pela Igreja Anglicana, criada a alguns anos pelo pai de Elizabeth I, Henrique VIII.

Desta maneira a jovem Elizabeth I era o símbolo de uma Igreja autoritária, criada simplesmente para satisfazer um desejo real de se casar novamente em busca de um herdeiro homem para o trono. O povo estava revoltado com a pobreza e a perseguição religiosa por isso a rainha precisava se concentrar em colocar a ordem dentro de seu país para somente depois se preocupar em ocupar novas terras.

O povo percebeu que as terras americanas podiam servir como um refúgio, um novo mundo, uma nova vida. Aos poucos muitas Companhias de Viagens criadas por ricos banqueiros e comerciantes ingleses começaram a trazer pessoas para cá, isso com a autorização real. Porém algum tempo depois esses sonhadores passaram a se organizar e vir por conta própria para a América do Norte.

O primeiro navio contratado por pessoas humildes para fugir da Inglaterra para a América foi o Mayflower. Era um barco simples utilizado no comércio de vinho que foi ocupado por 102 pessoas. Grande maioria era de puritanos ansiosos por viver sua fé bem longe da Igreja Calvinista. A viagem durou algumas semanas e a chegada nas novas terras não foi como o esperado.

Eles não sabiam como sobreviver no novo território.  Desconheciam a natureza, assim como nem imaginavam a época certa para o plantio ou colheita dos vegetais nativos. A colonização dos Estados Unidos da América só deu certo graças a ajuda que receberam de um índio chamado Squanto, que havia perdido toda a sua tribo e aprendido a falar inglês enquanto trabalhava nos navios ingleses.

Squanto percebeu o desespero dos recém chegados e ofereceu todas as dicas de sobrevivência aos peregrinos do Navio Mayflower. Por gratidão os homens brancos ofereceram uma grande festa com todos os produtos que haviam aprendido a cultivar, dando inicio a tradicional festa do Dia de Ação de Graças, comemorado até hoje em todos os EUA. (para mais detalhes sobre a colonização dos EUA acesse outro post: http://entretantashistorias.blogspot.com.br/2012/02/colonizacao-dos-estados-unidos-da.html)

Baseando-se nas aventuras enfrentadas pelos 102 peregrinos do Navio Mayflower os alunos dos sétimos anos escreveram seus próprios Diários de Bordo narrando toda a viagem, da Inglaterra até a América do Norte, como se fossem os próprios viajantes. Com muita criatividade narraram as 9 semanas de viagem relatando cantos de sereias, alucinações, miragens, escorbuto, naufrágios, ataques pirata, calmarias, entre outras coisas.

Confira as capas dos trabalhos que agora estão sendo utilizados nas aulas de leitura da escola: (clique nas imagens para ampliá-las)

(Diários de Bordo produzidos por alunos do 7ºI/2013)
(Diários de Bordo produzidos por alunos do 7ºII/2013)

(Diários de Bordo produzidos por alunos do 7ºIII/2013)
(Diários de Bordo produzidos por alunos do 7ºIV/2013)
(Diários de Bordo produzidos por alunos do 7ºV/2013)
Os melhores Diários de Bordo foram selecionados por mim para se tornarem um livro digital, caso você tenha interesse em lê-los é só entrar em contato comigo via e-mail (janah-sjb@hotmail.com ou janaesc@gmail.com) que envio o material em formato PDF. Será um orgulho compartilhar as obras dos alunos Nathan Duarte (7ºV) e Erick, Eduardo e Yuri (7ºIII). Confira a capa das duas obras para ficar com gostinho de quero mais:

           
(Nathan Duarte - 7ºV)
(Erick, Eduardo e Yuri - 7ºIII)

domingo, 23 de junho de 2013

Cultura afro-brasileira: desafio escolar

(Fonte desconhecida)

O primeiro passo para a valorização do sujeito afro-brasileiro é, sem dúvida alguma, ressaltar sua contribuição social para nosso país e argumentos não faltam.

Os professores possuem a responsabilidade social de trabalhar esses argumentos em sala de aula cumprindo sua parte no processo de superação da discriminação racial brasileira.

Primeiramente os educadores devem destacar que os africanos não vieram para o Brasil por vontade própria, uma vez que foram vítimas do processo de escravidão imposto pelos portugueses que, desta maneira, conseguiram manter o vasto território.

Outra questão importante é a ser levantada entre os alunos é a participação negra em revoltas nacionais que exigiam melhores condições de vida para o povo brasileiro como a Revolta dos Malês (1835) e a Balaiada (1838/1841), por exemplo.

Um bom artifício é explicar a Teoria da Evolução das Espécies desenvolvida por Charles Darwin, pois esta explica que para sobreviver no continente africano os seres humanos precisaram desenvolver características físicas particulares como a pele negra, muito mais resistente ao sol do que a pele branca. 

Todos os apontamentos sugeridos até aqui devem ser acompanhados de atividades práticas que despertem a apreciação estudantil pela cultura afro-brasileira como rodas de samba, gingas de capoeira ou oficinas culinárias, entre outras opções.

O ensino de história e cultura afro-brasileira é uma necessidade antiga reforçada recentemente pela Lei Nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Os educadores brasileiros sabem que sua criatividade é primordial para inserir esse tema importantíssimo nos bancos escolares de forma efetiva e não só preventiva.

Sabemos que foram mais de trezentos anos de subjugação negra, mas precisamos lutar com determinação para reverter esse quadro desolador. A luta será longa e árdua, mas nós professores precisamos reconhecer que somos uma arma importante nessa batalha.