domingo, 29 de junho de 2014

Vídeos sobre Napoleão Bonaparte

Após trabalhar a vida, a personalidade e a carreira militar de Napoleão Bonaparte, foi solicitado que os alunos dos 4 oitavos anos/2014 gravassem um vídeo sobre o general estando livres para escolher qualquer roteiro. Confira algumas filmagens:

(Auto coroação de Napoleão Bonaparte por Ana Julia, Camila e Nathan do 8°ano II/2014.)

(Debate sobre as curiosidades napoleônicas produzido pelas alunas Djenyffeer e Jenifer 

(Jonathan, Kleisson e Caio do 8°ano II/2014, levaram Napoleão Bonaparte para desabafar com o psicólogo.) 

(Érick e Eduardo do 8°ano III/2014, falaram sobre a vida e carreira de Napoleão.) 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

As Revoltas da Colônia Brasileira

No final do século XVII e ao longo do XVIII surgiram diversos conflitos no Brasil. Algumas regiões estavam descontentes com o controle que os portugueses mantinham sobre o comércio e os altos cargos administrativos, para piorar a situação a vinda da família real portuguesa fez com que os impostos fossem às alturas para conseguir sustentar as 10.000 pessoas da corte que não trabalhavam, aí começaram alguns movimentos:
  1. A Revolta de Beckman;
  2. A Guerra dos Mascates;
  3. A Guerra dos Emboadas;
  4. A Revolta de Vila Rica;
  5. A Conjuração Mineira;
  6. A Conjuração Baiana;
  7. A Revolução Pernambucana;
As quatro primeiras pretendiam mudar alguns aspectos da colonização enquanto que os três últimos eram mais radicais e pretendiam colocar um fim definitivo no sistema colonial, mas em geral todos eles expressavam o descontentamento com relação à Portugal. Confira os detalhes sobre cada um desses movimentos (exceto a Conjuração Mineira que está num texto à parte):


A Revolução de Beckman

Com a expulsão dos holandeses, Portugal passou a reestruturar o monopólio comercial. Para isso, foram criadas as Companhias de Comércio, com a finalidade de controlar o comércio e taxar os preços. No Maranhão foi criada a Companhia do Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio comercial e funcionava como intermediária entre Portugal e a província. O descontentamento foi geral, pois diminuía o lucro das maranhenses. Além disso, os missionários não permitiam a escravização indígena e a vinda de escravos africanos era muito pequena, fator que encarecia seu preço, descontentamento ainda mais os maranhenses. Os irmãos Manoel e Tomás Beckman lideraram uma revolta que pedia o fim do monopólio comercial, a liberdade para a escravização dos índios e a expulsão dos jesuítas. A revolta foi severamente punida, e seus líderes foram presos e enforcados em 1685. Todavia, pode-se dizer que os colonos obtiveram uma vitória parcial, pois, a Companhia de Comércio foi extinta.

A Guerra dos Mascates

Desde fins do século XVII, Olinda, capital de Pernambuco, demonstrava nítidos sinais de decadência; em contrapartida, Recife apresentava um excelente desenvolvimento comercial. Com a posse do novo governador da capitania, em 1707,Sebastião de Castro e Caldas, os interesses dos recifenses foram sendo atendidos. Em 1709, foi aprovado o projeto que transformava Recife em Vila. As pretensões econômicas de Recife também estavam sendo atendidas, o que descontentou muito Olinda e seus aristocratas, que viam a possibilidade de terem seus interesses econômicos esquecidos por Portugal. Em Olinda, a ordem era não acatar á nova determinação. Em 10 de outubro de 1710, houve uma tentativa de assassinato contra Sebastião de Castro e Caldas, que rapidamente agiu e mandou prender inclusive o capitão-mor. A reação de Olinda foi forte e o governador fugiu para a Bahia. Após a fuga de Castro e Caldas, os olindenses invadiram Recife. Foi empossado um novo governador: o bispo Bernardo Vieira Melo. O novo governador tinha suas posições claramente a favor de Olinda, e rapidamente tomou providências para impedir a reação de Recife. Recife, por sua vez, tinha seus comerciantes, apelidados de Mascates, que formavam a resistência. Diversos conflitos ocorreram entre as duas cidades até a nomeação de D. Félix José Machado de Mendonça, mandado especialmente de Portugal para acabar com os conflitos. Sua posição era favorável a Recife, que novamente subiu á categoria de vila e tornou-se capital. A reação de Olinda foi imediata, mas rapidamente sufocada, culminando com a prisão de vários aristocratas e o desterro do bispo Bernardo Vieira Melo.

A Guerra dos Emboabas

Como descobridores das minas, os paulistas, de certa maneira, consideravam a região da mineração como sua propriedade. Contudo, com a vinda de muitos forasteiros, a disputa de terras se acirrou. Os emboabas, denominação dada aos ricos forasteiros (primeiramente baianos e portugueses), começaram a invadir grande parte das terras pertencentes aos paulistas, dando inicio a um conflito. A guerra durou de 1708 a 1709. Apesar de resistirem, os paulistas foram praticamente expulsos das minas. O principal episódio desta guerra foi o ‘’capão da traição’’: os paulistas foram encurralados e deixaram as armas, com a promessa de que suas vidas seriam poupadas. Ainda assim, foram sumariamente executados. Com a intervenção de Portugal, porém, os paulistas, liderados por Borba Gato, obtiveram a fundação da Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro, em 1711, que elevou a vila de São Paulo á categoria de cidade, provando sua importância.

A Revolta em Vila Rica

Portugal passou a pressionar muito a colônia no inicio do século XVIII. Aumentou os impostos, elevando para 52 arrobas anuais (780 kg) a quantidade de ouro que deveria ser paga á Coroa portuguesa. Também foram construídas mais Casas de Fundição, para que a exploração do ouro fosse melhor controlada. Alguns mineradores de Vila Rica não aceitaram essa imposição e se rebelaram contra a Metrópole, formando uma pequena tropa de escravos e garimpeiros. Felipe Dos Santos, rico fazendeiro e tropeiro, e Pascoal da Silva Guimarães, rico minerador, tomar u controle de Vila Rica por vinte dias em 1720. Entregaram, então, um documento ao governador da Província, no qual exigia menos impostos. O governador pedia um tempo para estudar o assunto, mais na verdade queria ganhar tempo para guardar a chegada das tropas. O movimento foi totalmente sufocado e Felipe acabou enforcado. A revolta foi uma tentativa de baixar os altos impostos, em nenhum momento foi discutido o fim da escravidão ou melhores condições de vida para os pobres, pois a riqueza dos mineradores era baseada no trabalho escravo, assim a revolta não teve ligação com os pobres.

Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates)

Essa foi uma revolta de caráter popular e não elitista, como foi a revolta mineira. Em 12 de Agosto de 1798, os revoltosos espalharam panfletos para provocar a população contra Portugal e a escravidão, a favor da democracia.  Lutavam por um modelo de governo Frances baseado na revolução Francesa. Seus principais líderes eram alfaiates e tinham o apoio da maioria da população de Salvador. Entre tanto a revolta não teve sucesso. Seus principais líderes, João de Deus Nascimento, Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga, Lucas Dantas do Amorim Torres e Manoel Faustino Dos Santos Lira, foram condenados e mortos em 09 de Novembro de 1799.

A Revolução Pernambucana


Para poder se estabelecer no Brasil, juntamente com a aristocracia Portuguesa, Dom João VI criou repartições publicas e ministérios, além de desapropriar vários imóveis para acomodar 10.000 portugueses. Diante dessa situação, a população de Pernambuco, em decadência, realizou uma revolta pedindo o fim da Colônia em 1817.  Os revoltosos, militares de baixo escalão, padres e maçons, receberam o apoio do Rio Grande do Norte da Paraíba. Mais a revolta não foi adiante, pois o governo mandou tropas que sufocaram todos os ideais de liberdade dos revoltosos mais uma vez seus principais líderes foram presos e executados.