(Perón e Evita durante discurso político) |
Perón e Evita foram grandes representantes de uma
política assistencialista dedicada a conquistar eleitores utilizando o
favorecimento econômico. Até hoje, seus nomes são lembrados carinhosamente pela
população de baixa renda argentina. Mas, logicamente, nem todas as suas
atitudes foram frutos de uma benevolência desinteressada. Confira o lado
perverso do governo peronista:
Juan Domingos Perón governou a Argentina entre 1946 e 1955, e mais tarde
entre 1973 e 1974. Suas decisões acabaram parando a economia do país que, na
época, era o 9º no ranking mundial comercial, o único da América Latina a
possuir metrô, contava com a melhor rede escolar do continente, possuía grandes
reservas de petróleo na Patagônia e uma renda superior à dos Estados Unidos da
América e da Inglaterra. Buenos Aires era só cultura e dinheiro, tão
encantadora quanto Paris ou Nova York, mas tudo isso foi destruído pela
ganância de Perón.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Perón foi até a Europa exercendo a função
militar de decidir em qual lado a Argentina ficaria. Voltou de viagem ao lado
do Eixo e completamente apaixonado pelas ideias de Hitler e Benito Mussolini,
tanto que permitiu que alguns nazistas e fascistas se refugiassem no solo
argentino.
Para evitar problemas com a população e liderá-la facilmente, o
presidente "vestiu a camisa" dos trabalhadores. Ele deu tantos
aumentos e dificultou tanto a demissão que os funcionários começaram a
trabalhar dois dias e folgar um, pois sabiam que não poderiam ser punidos por
seu patrão. As empresas ainda sofriam com a ameaça de estatização, por isso
muitas marcas foram parando a produção ou mecanizando o processo, o que
provocou um sério aumento nos preços gerando alta inflação.
No departamento rural, Perón criou o IAPI que pagava muito pouco aos
produtores argentinos por suas mercadorias e revendia-os a preços absurdos para
outros países, isso até perder sua clientela. Investidores estrangeiros não
quiseram mais investir no país, assim o presidente comprou as indústrias de
base pagando caríssimo por elas e deixando-as de lado, além de intervir até em
empresas particulares. Nas escolas, os livros ensinavam à ler e escrever com
frases como: Perón nos ama!
O povo se mantinha fiel a Perón, tanto que, em 17 de outubro de 1945,
milhares de trabalhadores "descamisados" foram até a Casa Rosa, onde
ele estava detido por militares, para exigir sua libertação. Saindo dali ele se
tornou vice-presidente e casou-se com Eva Duarte (Evita), uma atriz sem fama
que começou a dar dinheiro para os pobres e construir fundações beneficientes
com seu próprio nome. Ela discursava contra a ganância capitalista que
incomodava o governo de seu marido, mas possuía joias equivalentes à 19 milhões
de pesos.
Em 1946, quando Perón venceu as eleições presidenciais, colocou o país
em favor de uma guerra que poderia acontecer. Dois anos mais tarde, instaurou o
desacato e a censura, além de autorizar as pessoas a matarem qualquer pessoa
que criticasse seu governo, assim as guerrilhas tomaram as ruas do país. Em
1952, com a morte de Evita, é criada a UES para entreter o presidente que
passou a se divertir em público com estudantes que simbolizavam sua farra e gastos excessivos.
Após 20 anos afastado do governo, Perón consegue se reeleger, mas voltou
ao poder apresentando os mesmos problemas administrativos. Morreu aos 78 anos
no dia primeiro de julho de 1974, deixando o governo para sua vice-presidente e
atual esposa, Isabelita.
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