A
Revolução de Beckman
Com
a expulsão dos holandeses, Portugal passou a reestruturar o monopólio
comercial. Para isso, foram criadas as Companhias de Comércio, com a finalidade
de controlar o comércio e taxar os preços. No Maranhão foi criada a Companhia do
Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio comercial e funcionava como
intermediária entre Portugal e a província. O descontentamento foi geral, pois
diminuía o lucro das maranhenses. Além disso, os missionários não permitiam a
escravização indígena e a vinda de escravos africanos era muito pequena, fator
que encarecia seu preço, descontentamento ainda mais os maranhenses. Os irmãos
Manoel e Tomás Beckman lideraram uma revolta que pedia o fim do monopólio comercial,
a liberdade para a escravização dos índios e a expulsão dos jesuítas. A revolta
foi severamente punida, e seus líderes foram presos e enforcados em 1685.
Todavia, pode-se dizer que os colonos obtiveram uma vitória parcial, pois, a
Companhia de Comércio foi extinta.
A
Guerra dos Mascates
Desde
fins do século XVII, Olinda, capital de Pernambuco, demonstrava nítidos sinais
de decadência; em contrapartida, Recife apresentava um excelente
desenvolvimento comercial. Com a posse do novo governador da capitania, em
1707,Sebastião de Castro e Caldas, os interesses dos recifenses foram sendo
atendidos. Em 1709, foi aprovado o projeto que transformava Recife em Vila. As
pretensões econômicas de Recife também estavam sendo atendidas, o que
descontentou muito Olinda e seus aristocratas, que viam a possibilidade de
terem seus interesses econômicos esquecidos por Portugal. Em Olinda, a ordem era
não acatar á nova determinação. Em 10 de outubro de 1710, houve uma tentativa
de assassinato contra Sebastião de Castro e Caldas, que rapidamente agiu e
mandou prender inclusive o capitão-mor. A reação de Olinda foi forte e o
governador fugiu para a Bahia. Após a fuga de Castro e Caldas, os olindenses
invadiram Recife. Foi empossado um novo governador: o bispo Bernardo Vieira
Melo. O novo governador tinha suas posições claramente a favor de Olinda, e
rapidamente tomou providências para impedir a reação de Recife. Recife, por sua vez, tinha seus comerciantes,
apelidados de Mascates, que formavam a resistência. Diversos conflitos
ocorreram entre as duas cidades até a nomeação de D. Félix José Machado de
Mendonça, mandado especialmente de Portugal para acabar com os conflitos. Sua
posição era favorável a Recife, que novamente subiu á categoria de vila e
tornou-se capital. A reação de Olinda foi imediata, mas rapidamente sufocada,
culminando com a prisão de vários aristocratas e o desterro do bispo Bernardo
Vieira Melo.
A
Guerra dos Emboabas
Como
descobridores das minas, os paulistas, de certa maneira, consideravam a região
da mineração como sua propriedade. Contudo, com a vinda de muitos forasteiros,
a disputa de terras se acirrou. Os emboabas, denominação dada aos ricos
forasteiros (primeiramente baianos e portugueses), começaram a invadir grande
parte das terras pertencentes aos paulistas, dando inicio a um conflito. A
guerra durou de 1708 a 1709. Apesar de resistirem, os paulistas foram
praticamente expulsos das minas. O principal episódio desta guerra foi o
‘’capão da traição’’: os paulistas foram encurralados e deixaram
as armas, com a promessa de que suas vidas seriam poupadas. Ainda assim, foram
sumariamente executados. Com a intervenção de Portugal, porém, os paulistas,
liderados por Borba Gato, obtiveram a fundação da Capitania de São Paulo e das
Minas de Ouro, em 1711, que elevou a vila de São Paulo á categoria de cidade,
provando sua importância.
A
Revolta em Vila Rica
Portugal
passou a pressionar muito a colônia no inicio do século XVIII. Aumentou os
impostos, elevando para 52 arrobas anuais (780 kg) a quantidade de ouro que
deveria ser paga á Coroa portuguesa. Também foram construídas mais Casas de
Fundição, para que a exploração do ouro fosse melhor controlada. Alguns
mineradores de Vila Rica não aceitaram essa imposição e se rebelaram contra a
Metrópole, formando uma pequena tropa de escravos e garimpeiros. Felipe Dos
Santos, rico fazendeiro e tropeiro, e Pascoal da Silva Guimarães, rico minerador,
tomar u controle de Vila Rica por vinte dias em 1720. Entregaram, então, um
documento ao governador da Província, no qual exigia menos impostos. O
governador pedia um tempo para estudar o assunto, mais na verdade queria ganhar
tempo para guardar a chegada das tropas. O movimento foi totalmente sufocado e
Felipe acabou enforcado. A revolta foi uma tentativa de baixar os altos
impostos, em nenhum momento foi discutido o fim da escravidão ou melhores
condições de vida para os pobres, pois a riqueza dos mineradores era baseada no
trabalho escravo, assim a revolta não teve ligação com os pobres.
Conjuração
Baiana (Revolta dos Alfaiates)
Essa
foi uma revolta de caráter popular e não elitista, como foi a revolta mineira.
Em 12 de Agosto de 1798, os revoltosos espalharam panfletos para provocar a
população contra Portugal e a escravidão, a favor da democracia. Lutavam por um modelo de governo Frances
baseado na revolução Francesa. Seus principais líderes eram alfaiates e tinham
o apoio da maioria da população de Salvador. Entre tanto a revolta não teve
sucesso. Seus principais líderes, João de Deus Nascimento, Luiz Gonzaga das
Virgens e Veiga, Lucas Dantas do Amorim Torres e Manoel Faustino Dos Santos
Lira, foram condenados e mortos em 09 de Novembro de 1799.
A
Revolução Pernambucana
Para
poder se estabelecer no Brasil, juntamente com a aristocracia Portuguesa, Dom
João VI criou repartições publicas e ministérios, além de desapropriar vários
imóveis para acomodar 10.000 portugueses. Diante dessa situação, a população de
Pernambuco, em decadência, realizou uma revolta pedindo o fim da Colônia em
1817. Os revoltosos, militares de baixo
escalão, padres e maçons, receberam o apoio do Rio Grande do Norte da Paraíba.
Mais a revolta não foi adiante, pois o governo mandou tropas que sufocaram
todos os ideais de liberdade dos revoltosos mais uma vez seus principais líderes
foram presos e executados.