(Lawrence Alma-Tadema , 1877) |
A Roma Antiga ainda é considerada um modelo de sociedade moderna, um exemplo disso é sua arquitetura avançada e imbatível durante toda a sua existência. Entretanto os romanos alimentavam um desprezo pelo trabalho que era tão grande quanto sua ambição. Um povo obcecado com o progresso, completamente oposto a trabalhar. Os romanos impunham acordos de contratação tão rígidos que garantia ao patrão o direito de castigar seu funcionário com a mesma severidade que tratava seus escravos.
Como é possível perceber na frase anterior proferida por um dos maiores nomes da humanidade, os trabalhadores eram vistos com desprezo absoluto e sua ocupação era considerada fundamental para evitar que essas pessoas caíssem em desgraça e praticassem crimes com a intenção de superar sua miséria. Aristóteles, outro homem que desperta respeito imediato, chegou a afirmar que escravos, camponeses e negociantes não poderiam jamais ter uma vida feliz (próspera e nobre) porque não possuíam tempo para usufruí-la. Dessa maneira os pobres eram inferiores e não viviam como se devia viver porque não tinham tempo livre para praticar suas virtudes.
Os professores ocupavam a posição mais ambígua possível em Roma Antiga, afinal eles trabalhavam para poder sobreviver, mas ao mesmo tempo estavam se dedicando a uma tarefa nobre, educar. Assim os romanos optavam por chamar os educadores de "amigos" e não de trabalhadores. Até mesmo as esculturas deixavam claro que os trabalhadores eram grotescos e inferiores. Em resumo: trabalhar era uma vergonha, um defeito, e todo homem nobre devia se manter bem longe desse tipo de ocupação. Que estranho não é mesmo?! Ainda mais numa sociedade que se vangloriava de suas construções monumentais e conquistas territoriais intermináveis, frutos de muito trabalho.