sábado, 2 de março de 2013

Astecas

(Reprodução das Chinampas - ilhas artificiais astecas)

Segundo a lenda asteca esse povo deveria se fixar num local sagrado escolhido pelos deuses. Quando avistaram uma serpente sendo devorada por uma águia em cima de um cacto numa ilha do lago Texcoco acreditaram que aquele era o local escolhido pelos deuses. Alí, em 1325, construíram sua primeira cidade: Tenochtitlán, a capital do império. 

Essa cidade mexicana era impressionante e chegou a abrigar aproximadamente 250.000 pessoas. Ao todo o império asteca abrigou cerca de 11.000.000 de habitantes de diferentes povos espalhados pela região da América Central. Para sustentar o governo cada um dos moradores devia pagar tributos em ouro e cacau para o imperador que contava com a ajuda dos anciãos e sacerdotes para tomar suas decisões. 

Para se alimentar os astecas cultivavam principalmente milho, feijão, pimenta, abóbora, cacau, melão, abacate além de cachorros, perus e patos. Como dispunham de pouca terra para plantar inventaram ilhas artificiais, as chinampas. Elas eram sustentadas por vigas, contavam com um sistema de irrigação e tinham uma fundação de cana coberta por terra onde depositavam o estrume humano para iniciar o plantio. 

Para complementar a alimentação também costumavam coletar vegetais, pescar e caçar insetos, vermes e gafanhotos. Completando essa variedade gastronômica acabaram inventando um dos alimentos mais apreciados atualmente no mundo inteiro: o chocolate. Além da culinária, os astecas também eram ótimos no artesanato e na tecelagem, principalmente graças as cores intensas que conseguiam produzir.

Como produziam muitos produtos costumavam fazer trocas com povos vizinhos. Logo, os comerciantes astecas viajavam demais e eram encarregados de trazer as novidades das outras partes do império para a capital agindo como espiões do imperador. Em caso de problemas com outros povos o exército asteca entrava em ação usando fantasias que imitavam os deuses e os animas acompanhadas de máscaras estranhas, a intenção era assustar o inimigo antes da batalha. Quanto maior a bravura e o número de vítimas capturadas, mais penas no cocar o guerreiro asteca recebia.

Os guerreiros inimigos que fossem derrotados seriam oferecidos como sacrifício aos deuses nos templos astecas. Esses templos eram construídos em formato de pirâmides simulando uma montanha já que acreditavam que elas alcançavam os céus e, consequentemente, os deuses. Cada deus era relacionado á natureza e deveria ser tratado com muito carinho para não se vingar. Hoje já sabemos que cada imperador asteca construía outra camada por cima das pirâmides quando assumia o poder.

Por medo de um de seus deuses, por exemplo, os astecas mantinham cinco dias por ano só para sacrifícios no calendário. Além desses cinco dias existiam 18 meses de 20 dias cada um. Esse calendário é muito mais antigo do que o nosso e foi criado para auxiliar a agricultura.  Os astecas eram muito organizados e acabaram criando um sistema público de ensino.

As escolas eram públicas, severas e destinadas somente aos meninos acima de 16 anos. Existiam dois tipos de escola: uma que preparava o garoto para o sacerdócio e outra que ensinava coisas práticas como armas, comércio e arte. Enquanto os garotos eram obrigados a estudar as meninas ficavam em casa aprendendo a tecer com suas mães. 

A escrita asteca era muito complexa. Não criaram um alfabeto e por isso usavam uma infinidade de símbolos para representar o que queriam. Esses símbolos eram desenhados sobre tecidos de algodão ou pedaços de camurça. Por  possuírem essa escrita complexa as histórias acabaram sendo guardadas oralmente através de poemas cantados sobre os mais diversos assuntos.

Os astecas acreditavam no fim do mundo, para eles isso iria acontecer quando o sol apagasse. Passaram toda a sua vida realizando cultos e sacrifícios para evitar esse momento sem imaginar que não seria o sol que iria exterminá-los, mas sim um povo distante: os espanhóis. Em 1519 o descobridor Hernán Cortez reuniu  as tribos inimigas dos astecas num só exército. Era o fim  desse povo fascinante. Confira mais detalhes  sobre os astecas assistindo a vídeo-aula e aos vídeos da Série Grandes Civilizações:




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