(Texto de Júlio S. Durkop Junior - 7ºI)
O tráfico de escravos (negros africanos trazidos para América) foi um comércio que gerou grande aflição e desgosto as etnias africanas.
Primeiramente, ocorria a captura de escravos, povos de diferentes grupos. Através de emboscadas e o uso de violência, os portugueses conseguiam capturar e tomar posse de um grande número de homens, mulheres e crianças, que logo eram vendidos nas feitorias construídas ao longo do litoral.
No início eram os mercadores portugueses que tinham o controle e realizavam a comercialização dos negros africanos. Mais tarde, os próprios africanos passaram a se dirigir para as feitorias no litoral e oferecer negros para o embarque.
Para ser considerado um bom escravo, os homens deveriam ser fortes, ter braços firmes e disposição pra um serviço de peso. As mulheres deveriam ser belas, ter cinturas finas e quadris largos. Já as crianças, devido suas condições de trabalho, eram inúteis.
Uma embarcação podia transportar até 500 negros, que ao longo da viagem poderiam não resistir e morrer devido aos mal-tratos e ignorância dos portugueses.
Dentro do navio os escravos eram acorrentados pelas mãos, pés e pescoços. Eles eram colocados numa espécie de prateleira de diferentes níveis: homens em baixo, mulheres no meio e mulheres grávidas e crianças em cima. Sem o minimo de conforto e condições básicas de sobrevivência.
Diante da saúde, os negros viviam precariamente convivendo em meio as fezes e restos mortais dos mesmos. Os escravos eram muito explorados e não podiam se defender. Tinham direito a uma refeição por dia e os doentes não recebiam alimento e nem um tipo de auxílio, posteriormente morriam.
As embarcações eram sempre bem aproveitadas, suportando o número máximo de lotação. Por isso a viagem poderia ser mais longa e lenta. No caso de uma ameaça de naufrágio, os portugueses lançavam alguns negros ao mar para diminuir o peso do barco e acelerar a viagem.
E ao chegarem ao destino (América), os negros eram nomeados e vendidos a uma longa vida de sofrimento, tortura e exploração. Enfim, foram cerca de 300 anos de escravidão e exploração dos negros africanos, até que mais tarde a Inglaterra proibiu o tráfico de pessoas e começou a fiscalizar de perto.
Porém, a independência dos Estados Unidos permitiu que a comercialização ilegal durasse por mais um breve período. Supondo que algumas pequenas embarcações traficariam negros africanos usando a bandeira dos EUA no topo de seu mastro.
(Paródia da música Negro Drama de Racionais' MC por Natan Lopes - 7ºIII)
Negro drama, entre o porão e a lama
Sem dinheiro, família, luxo ou cama
Negro drama, cabelo crespo e a pele escura
A ferida, a chaga, a procura da cura
Negro drama, tenta ver e não ve nada
A não ser um branquelo na porta armado
Sente dor, o preço da cobrança, o amor, o ódio, querendo vingança
Negro drama, eu sei quem sofre e quem tá comigo
O drama que carrego pra não ser mais um negro cativo
O drama da minha aldeia à América
Tumba flutuante, choros de velhas,
Passageiro para o Brasil da África
Que sobrevive em meio a honra e a covardia
Pedofilia de velhos ariscos
Você deve estar pensando o que tem haver com isso
Por armas, pólvoras, olha quem morre
Veja você que mata, recebe o mérito, a fada que pratica o mal.
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