domingo, 9 de novembro de 2008

O cotidiano Docente

Ao decorrer dos tempos surgiram várias correntes filosóficas buscando as propostas mais eficazes ao trabalho do professor, no entanto algumas delas ainda preservam características muito "dogmáticas" e fechadas.

Atualmente o grande lance vigente é o conhecimento da realidade de seus alunos, do contexto no qual estão inseridos, pois assim ficam claras de onde provêm suas maiores dificuldades na aprendizagem, e desta forma o docente é capaz de interagir adequadamente a fim de obter o máximo de assimilação por parte dos educantes.

Este processo de ensino torna-se ainda mais complexo ao passo que é preciso conviver com os tempos e espaços previamente destinados. Sobre minha visão estes dois elementos acabam dificultando a aprendizagem, pois o tempo pode ser insuficiente e acabar por jogar ao esquecimento uma didática que poderia estar dando certo naquele dado momento, ao passo que não é possível resgatá-la na próxima aula devido à grade curricular criteriosa. Já os espaços em pleno século XXI já deviam ser muito mais maleáveis e dinâmicos a fim de chamar o aluno, eu aprovo totalmente as aulas ao ar livre embaixo das árvores durante o verão nas "estufas escolares públicas", sobretudo.

É possível concluir que o trabalho docente não é simples como se imagina, é necessário buscar maneiras, as mais apropriadas possíveis, para despertar o interesse de seus alunos e ao mesmo tempo fazer com que o tempo em sala de aula renda mais, fazer com que seus meros 45 minutos sejam de grande proveito mesmo enclausurado em uma simples sala que entedia até mesmo os professores.

Nossa missão como nova geração educante nada mais é do que romper com este ensino tão "forma e clássico", é olhar para frente e trazer consigo uma gama de jovens ansiosos por descobertas da forma mais divertida possível, resumidamente, é inovar nossa escola brasileira.

Tópicos sobre a relação aluno-professor

No texto de Dayrell podemos perceber claramente que conceitos como: profissionalidade, identidade, subjetividade, prática docente e pedagógica abordados em nosso material didático estão presentes em todas as idéias de Juarez.

A seguir deixo em tópicos todas as idéias centrais do autor-professor de A escola como espaço sócio-cultural:


1. A identidade dos alunos deve ser respeitada;


2. Não se deve homogeneizar os alunos; cada um possui sua subjetividade;


3. Há no espaço estudantil uma vasta variedade cultural;


4. Esta cultura evidencia a existência de diferentes classes sociais;


5. A educação não se dá efetivamente na escola, mas sim em todo o processo cotidiano;


6. A escola é polissêmica variando conforme o olhar imposto sobre ela;


7. Atualmente a escola deve ser uma base ajudando os alunos em sua formação individual;


8. Os muros escolares apresentam-se como uma divisão entre dois mundos distintos;


9. Existe uma inter-relação social na escola;


10. Enfatiza-se a importância dos trabalhos grupais;


11. Os encontros de alunos são dificultados no âmbito escolar, um exemplo é a dissolução das "panelinhas" ao trocar de ano;


12. A escola é dividida em tempos e espaços pré-determinados;


13. Há a presença de ritos, como a comemoração de algumas datas;


14. A escola é um lugar de contrastes entre iguais e diferentes;


15. A escola não prepara o aluno para o social;


16. A rotina escolar é cansativa, para não dizer enjoada;


17. Os papéis de cada um se constrói no dia-a-dia escolar;


18. Existe a presença de esteriótipos como CDF, mauricinho...;


19. Esses tipos se entrecruzam;


20. As turmas recebem qualificações que desprezam algumas prejudicando a aprendizagem;


21. O preconceito de toda forma influi sobre a aprendizagem;


22. O mundo dos professores e dos alunos mantém-se geralmente separados;


23. Não há por parte alguma um interesse de aprofundamento dos temas;


24. Ainda existe o ensino baseado na decúria;


25. Diferenças cognitivas estão presentes entre os estudantes;


26. O ensino brasileiro é "fraco", é "pobre";


27. O objetivo único é passar de ano;


28. Alunos tornam seu mundo mais ou menos permeável;


29. As atividades extra-classe são desprezadas até mesmo por alguns professores;


30. As gincanas atraem os alunos;


31. A escola não possui uma organização visando ao aluno.

É importante enfatizar que as características e os relatos apresentados são extremamente semelhantes a minha vivência escolar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A Administração Escolar e suas Modalidades

Esta administração pode-se dar tanto no regime particular quanto no público de duas formas distintas definidas conforme a maneira com a qual as decisões pertinentes à instituição são tomadas.

Quando tais decisões são tomadas unicamente pela direção escolar podemos considerar esta administração como sendo centralizada, uma vez que o poder emana de um único órgão sem que o mesmo tenha a preocupação de ouvir demais partes afetadas por seus decretos.

Já no caso da administração descentralizada esta situação é invertida, ou seja, para que a direção tome qualquer decisão importante sobre o órgão escolar primeiramente ela organiza meios de expor suas idéias e colocá-las sobre aprovação. Assim pessoas envolvidas podem se organizar a fim de ajudar na organização estudantil, sendo elas professores pais, mestres, enfim membros da sociedade na qual tal instituição está inserida.
A gestão democrática (descentralizada) é facilmente identificada pela presença de:

Conselhos de classe: discute o aproveitamento dos alunos através de professores e coordenação, a presença do aluno é permitida ou não pela escola.

Reuniões pedagógicas: Momento destinado à prática pedagógica pode estar inserido no calendário acadêmico ou ser convocada conforme necessidades.


Associações de Pais e Professores: possui membros eleitos em reuniões abertas dadas a cada ano. Possui a função de ajudar na formação escolar dos alunos. Pode ser substituída por um Conselho escolar (órgão máximo com função de consultar, fiscalizar e deliberar a escola).


Grêmios Estudantis: organizações dadas por alunos com intenção de fazer valer sua opinião perante a organização escolar.


Em algumas escolas escuta-se falar também em Associação de Pais e Mestres (APM), que possui basicamente a mesma função das APPs, embora seja bastante desconhecida.

Questão Educacional Brasileira

Tudo o que se refere à educação em nosso país é caso de atenção, uma vez que nos encontramos vinculados a um ensino fraco e mal estruturado desde seus primórdios, onde todas as mudanças acontecem de forma desigual e extremamente lenta.

O Brasil ocupa a nona posição no ranking de países com maior taxa de analfabetismo da América Latina e do Caribe. (...) Segundo balanço da Unesco, o Brasil está ao lado de países como Egito, Marrocos, China, Indonésia, Bangladesh, Índia, Irã, Paquistão, Etiópia e Nigéria como país com mais de 10 milhões de analfabetos. (...) No Brasil o analfabetismo está concentrado entre os mais pobres, mais idosos, negros ou pardos (...) Entre as regiões, a maior taxa de defasagem escolar no ensino fundamental foi encontrada na região Nordeste (37,9%). Já a menor foi verificada na região Sul (15,5%).
(CLARICE SPITZ da Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u332044.shtml)

Estes dados nos levam a perceber a grandeza deste problema e nos mostram também que este fator influi diretamente sobre a vida de todos nós brasileiros, sem exceção alguma, pois mesmo aqueles que tem condições de sustentar um ensino reforçado necessitam de alguma forma das pessoas menos instruídas, apesar de que isto seja uma vantagem a eles.

Todos sabem que nossos dirigentes políticos preferem muito mais um povo "fraco" intelectualmente, um povo humilde que se renda facilmente as idéias Populistas a uma população que tenha boas bases educacionais e que saiba lutar por seus direitos. E este é o motivo principal que justifica porque nosso ensino é tão precário.
Desta forma vamos seguindo nossas vidas findados sobre os poucos que ainda tentam mudar nossa situação, sobre os raros que não se baseiam somente no Populismo, sobre aqueles que realmente desejam mudar a situação brasileira e construir enfim um país dignamente grandioso e sábio.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Educação Brasileira, uma questão delicada desde seus primórdios

A colônia brasileira ocupando seu papel referido tinha como base os interesses de Portugal, assim era guiada para que os anseios de tal fossem alcançados. Logo a Educação Jesuítica se encarregou de "organizar" a sociedade ao modo católico medieval português. Implantando a doutrinização índigena visando impor sobre estes povos sua cultura, reforçando os critérios de que nosso povo deveria ser totalmente submisso. E ainda assumiram a missão de manter entre os imigrantes portugueses sua cultura social e línguas clássicas com o propósito de evitar que os mesmos cedessem ao modo grosseiro e despreocupado como viviam os aborígines.

Diante tais fatos podemos perceber como veridicamente a intenção portuguesa não era educar, mas sim comandar. Gerando então o príncipio de uma educação de fachada, pois apesar de ter nos oferecido a possibilidade de acessa-la um tanto mais cedo, esta mesma não começou como universal e obrigatória. Ou seja, foi estabelecido um sistema desfavorável em torno do qual a boa educação era privilégio da elite, conseqüentemente este fato impôs a hierarquia e precariedade do ensino, características estas que nos rondam até os dias atuais. Sendo que infelizmente uma possível solução ainda pode ser considerada um tanto quanto palavras ao vento.