sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Antigo regime e as Revoluções Burguesas

O antigo regime consiste no espaço temporal entre os séculos XVI ao XVIII, mais especificamente entre a queda de Constantinopla e o apogeu das revoluções burguesas com a revolução francesa. Sua principal característica é a existência de dois sistemas totalmente antagônicos no mesmo espaço-tempo que seriam o feudalismo e um esboço do capitalismo. Desta forma este é um período caracterizado pela heterogeneidade, onde coexistia um sistema:
  • Absolutista: governo onde poder é concentrado na mão do monarca após a fragmentação feudal e este passa a defender seu território e dominar inclusive a igreja católica;
  • Estamental: sociedade subdividida em três níveis (clero, nobreza e o terceiro estado) e onde a possibilidade de ascensão social era praticamente nula;
  • Mercantilista: conjunto de práticas comerciais visando o fortalecimento econômico do Estado;
  • Colonial: práticas de subjugar outras nações para explorar suas riquezas.

Este conceito foi criado a fim de distinguir esta fase de transição de sistemas do próximo estágio moderno que seria o liberalismo, onde finalmente a sociedade feudal deixará de existir seguindo os preceitos de igualdade em direitos do ser humano, oriundos das revoluções burguesas, especialmente a francesa.

As formas políticas do antigo regime são muito complexas justamente por esta falta de homogeneidade, típica deste período. Em certas épocas chegaram a subsistir mais de 300 entidades políticas distintas, por exemplo. Para simplificar podemos resumi-las a três formas elementares:
  • Feudalismo aristocrático: estrutura de produção agrícola onde a terra era cedida pelo senhor em troca dos produtos dali retirados pelos vassalos, que por seu trabalho recebia de seu nobre uma mínima parcela da produção, proteção e moradia. Assim cada feudo era regido por seu senhor feudal, ou seja, não havia um poder central.
  • Republicas patrícias: forma de governo onde um representante da oligarquia burguesa regia sua cidade de forma livre e autônoma.
  • Monarquias absolutas: governos onde um indivíduo atua como chefe de estado, sua posição é vista como um poder de origem divina, tem caráter vitalício e na grande maioria das vezes é hereditário. Para mais detalhes sobre o absolutismo confira a vídeo-aula que segue:

As revoluções burguesas, como citado anteriormente, são o apogeu dos movimentos do antigo regime. Elas originam uma série de reformas em diversos setores sociais e são vistas como as responsáveis pela consolidação do sistema capitalista.
A característica geral dessas revoluções seria o descontentamento com o domínio monárquico, a classe burguesa sai a frente na disputa por seus interesses contra a coroa. Podemos destacar também outras características que originaram estas revoluções como:
  • As idéias iluministas fazem eclodir gradativamente os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade por toda a sociedade européia;
  • Os padrões de vida luxuosos e ostentador da nobreza e do clero que despertavam revoltas nas classes menos favorecidas.

Desta forma podemos concluir que o sentido destas manifestações diversas era transformar a realidade opressora vivida no momento. Realidade esta imposta pela figura do Estado e seu representante-mor, o Rei.
Estas revoluções significaram uma ruptura com o sistema monárquico e deram inicio aos movimentos republicanos, modificando indiretamente toda a estrutura da sociedade. Determinando também o emprego do capitalismo como padrão econômico.
________________________________________
Referências:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/absolutismo/absolutismo1.php
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060821092849AAW99BP
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/colonialismo.htm
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=295
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia
http://www.algosobre.com.br/historia/revolucoes-burguesas-no-seculo-xviii-as.html
http://www.alunosonline.com.br/historia/revolucoesburguesas/

Nenhum comentário: