A interpretação Schumpeteriana do processo de industrialização catarinense: é baseada na concepção do economista austro-húngaro Joseph Alois Schumpeter. Em sua opinião a indústria de Santa Catarina só ocorreu devido ao empreendedorismo dos europeus recém chegados aqui, vindos de uma Europa em pleno processo de industrialização, estavam habituados a investir em poupança e trabalhar com disciplina e entusiasmo, os quais Joseph chamou de: capitalistas sem capital. Os autores schumpeterianos relacionam o desenvolvimento econômico catarinense desvinculado do restante do país, de forma isolada, através do acumulo de capital oriundo dos excedentes da produção de cada região autônoma e especializada em algum produto, excedentes esses escoados pelo sistema dos vendeiros, admitem uma certa participação do sudeste neste processo como nossos importadores, mas não o vêem como o único determinante. Logo, segundo esta teoria, o que permitiu nossa industrialização seria o acumulo de capital pelos imigrantes europeus, que aqui tornaram-se produtores rurais, obtiveram excedentes, venderam-nos por meio dos vendeiros no mercado local e adquiriram certo montante financeiro empregado mais tarde no meio industrial.
A interpretação periférica do processo de industrialização catarinense: surgiu de Fernando Henrique Cardoso e Celso Furtado. Ambos adaptam a teoria cepalina ao contexto regional e desta forma acabam por idealizar o estado de Santa Catarina como a periferia do sudeste brasileiro tendo sua economia voltada ao sustento das grandes cidades, sobretudo São Paulo. Logo, segundo esta teoria, o que permitiu nossa industrialização seria o acumulo de capital dos produtores locais através da exportação às áreas dinâmicas do país, figuravam entre os produtos: certas madeiras, a erva mate, o carvão e gêneros alimentícios, excedentes vendidos com o auxilio dos vendeiros no mercado cafeeiro do sudeste.
Torna-se importante salientar o ponto de comum acordo entre os autores schumpeterianos e periféricos que é a admissão dos vendeiros como forma de escoar os excedentes de produção catarinense, embora que os schumpeterianos percebam o vendeiro como um empreendedor, enquanto que os periféricos o vejam como um explorador.
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