(Retrato de Símon Bolívar, autoria desconhecida) |
Símon Bolívar até hoje é uma das personalidades americanas mais conhecidas mundo a fora. O venezuelano, filho de espanhóis (criollo), foi herdeiro de grandes propriedades agrícolas que resolveu proteger das garras espanholas, para isso iniciou um processo de descolonização no século XIX que durou onze anos e pretendia inicialmente libertar do império espanhol o território de seis países americanos.
Sua iniciativa era ousada, pois, até então, o único país americano que havia conseguido se libertar de seus colonizadores europeus era os Estados Unidos da América que, ao se tornar independente da Inglaterra, se tornou uma República Democrática. Bolívar ao descolonizar as terras da Venezuela, Colômbia, Equador e Panamá se tornou presidente dessas terras, mas não obteve grande sucesso.
Assim que assumiu o posto de presidente dessas nações recém criadas, Bolívar convocou o Encontro de Panamá com a intenção de transformá-las em uma única nação que seria governada por ele com mãos de ferro, o que não combinava com seu discurso libertador. Felizmente sua vontade não funcionou, pois ao que tudo indica, ele pretendia governar toda a América do Sul de maneira ditatorial.
Em 1813 já demonstrou que queria uma monarquia americana mesmo afirmando ser liberalista e iluminista, pois declarava que a herança da dominação espanhola e a grande mistura de raças presentes nas terras americanas impossibilitavam um governo democrático e republicano. Em seus discursos, Bolívar deixava claro que temia uma pardocracia (governo pardo composto por mulatos, negros livres, índios e mestiços):
"Estou convencido do tutano dos meus ossos que a América
só pode ser governada por um despotismo hábil."
(Símon Bolívar)
Karl Marx relatou cinco fugas covardes de Bolívar durante as batalhas de independência, o respeitável alemão enxergava Símon como um egoísta despótico. Por outro lado, o ditador italiano Benito Mussolini admirava as ideias bolivarianas. Além disso o atual presidente venezuelano, Hugo Chávez, usa a imagem de Bolívar como libertador americano para fortalecer seu governo, negando friamente todo o racismo e preconceito de Símon:
"A única coisa a fazer na América é ir embora."
(Símon Bolívar)
E você? Acredita que Símon Bolívar foi vilão ao querer comandar sozinho as terras americanas ou mocinho por ter libertado-as das mãos dos colonizadores espanhóis? Caso precise de mais informações pra formar sua opinião acerca desse personagem polêmico consulte o livro Guia Politicamente Incorreto da América Latina escrito por Leandro Narloch e Duda Teixeira.
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Um comentário:
Bolivar, não teria no início a vontade ou a ideia de se tornar um ditador, mas me parece que ao decorrer das guerras e, de sua conquista, ele passou a gostar do poder, gostar de uma maneira que o fez esquecer os países e pensar apenas no domínio próprio, o que tornou ele sim um ditador.
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