sábado, 28 de fevereiro de 2009

Influências sobre os historiadores"

Afirmar que o trabalho do historiador encontra-se totalmente livre de influências é um ato muito errôneo, pois ao estudarmos melhor os registros de antigos escritores podemos perceber que muitos deles, para não cair na redundância de dizer todos, deixaram transparecer alguma forma de influência por detrás de suas palavras.

Um dos fatores que faz com que o trabalho de um historiador deixe de ser neutro é, assim como aconteceu na antigüidade, os financiamentos das obras. No caso dos governadores de Roma, por exemplo, eles pagavam a algum escritor para escrever sobre eles, no entanto deixavam claro o que deveria aparecer em sua biografia.

Outro episódio da história de Roma bastante significativo nesta questão é a de que os historiadores eram induzidos a glorificar a história romana, logo sabiam previamente o que deveriam registrar.

Fica bastante claro então que toda história é “ineutra”, todo e qualquer historiador acaba, mesmo que involuntariamente, por transmitir a sua obra algo peculiar, algo seu, seu ponto de vista por exemplo.

A teoria da história se constrói a partir do momento em que começam os registros de algum fato, acredita-se que o trabalho de alguns homens de negócio que cuidavam da parte econômica de Roma foi responsável pelo inicio da pratica de narrar de forma cronológica os acontecimentos, a partir deste ponto vários acontecimentos vão influenciar no que é considerado história, e um setor social tem uma alta relevância nesta questão: o ramo político. Pois é a partir dele e principalmente em torno dele que a história vai se firmar na antiguidade.

Surgem pensadores que irão buscar a resposta para o que é História e suas contribuições nos levaram até o padrão atual. Estudá-los é de suma importância para compreendermos melhor os mistérios de nossa espetacular disciplina.



(Fonte: http://www.malhatlantica.pt/seculoXIII/monge%20copista.jpg)


Adversidade nos focos da historiografia grega e romana



A principal diferença historiográfica entre as duas potências da antigüidade é sem dúvida alguma o foco para o qual todos os historiadores da época estavam voltados.

No caso da Grécia o centro das atenções era as origens de tudo, sobretudo da natureza, enquanto que para os romanos o que convinha era registrar aquilo que engrandecesse seu povo.

O motivo desta grande diferença é que a Grécia encontrava-se preocupada em firmar seus deuses como uma unanimidade sobre seu povo, buscando uma homogeneidade que trouxesse a paz para dentro de sua civilização.
Já Roma queria mostrar à Grécia que, apesar de ser mais prematura em relação a esta última, era ela quem detinha o poder e controle das regiões e etnias, provando seu desejo de ostentação.






(Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaRCNwLkWYFGaLMzGl5dFW6tKVq7BfK_ShgYVlojFgKSfypJuRiicguO3B2mT3OqpYCWck8_e0POdP9RAhIHw9HnXjpdc_3itMs1U9cRC6ZzWGRr1L1t42AQoMlSlaAAM3liY9ZxzJ4jM/s320/pergaminho.jpg)

A tendência educacional cristã


O poderio da igreja medieval levou aquela sociedade a aprender somente aquilo que os sábios da época queriam que o povo soubesse, obviamente devido a grande maioria dos mestres ser católica, como já sabemos. É nesta época que os grandes colégios são formados dentro das igrejas e delas sairão os intelectuais medievos. É sobre este mesmo contexto que surgirão também as primeiras universidades.


O ensino ainda era muito dogmático e as verdades cristãs ainda prevaleciam, a igreja é detentora de uma grande influência sobre toda a civilização européia e por isto suas verdades não aceitavam contestações, todos os que contrariassem as verdades pregadas sobre a realidade, sobretudo o mito divino de criação do mundo, eram brutalmente castigados; a fogueira foi a principal arma contra todos os que começaram a contestar as teorias criacionistas, sobretudo alguns cientistas e seus discípulos. Desta forma a Santa Inquisição manipulava tudo o que era registrado, houve períodos onde livros foram isolados da civilização e guardados a "sete chaves" pelos encarregados cristãos, desta forma podemos perceber que a influência católica sobre a historiografia é enorme, para não afirmar que fora ditatorial.


Esta questão de igreja sobre a produção historiográfica é muito bem explanada na obra O nome da Rosa, o filme desta trama mostra de uma forma bastante verídica as manipulações católicas sobre as obras da época e a brutalidade da Santa Inquisição ao empregar suas verdades.


(Fonte:http://br.geocities.com/gfpdoresbh/grupo/formacao/figuras/filmes/o_nome_da_rosa.jpg)

Criacionismo versus a evolução de Darwin

A teoria criacionista ainda é explicada em sala de aula, mesmo que ao lado da evolucionista, além disto a igreja ainda hoje insisti em ensinar esta TEORIA como uma VERDADE incontestável durante suas doutrinas e pregações.

Há a questão do ensino religioso que ainda faz parte de algumas grades curriculares, ele desempenha este papel de reger as crianças atravéz dos pressupostos cristãos mesmo dentro de escolas, lugar que não deveria tomar parte por nenhuma religião.

As influências da igreja estão por toda parte, ainda existem aquelas pessoas que a defendem vigorosamente.

Na produção historiográfica por exemplo continuamente surge um neocristão, digamos assim, defendendo as idéias cristãs e tentando encontrar pontos fracos nas alegações científicas afim de afirmar as verdades divinas. Assim como aconteceu recentemente nas escolas dos Estados Unidos. Este acontecimento foi passado a nós por nosso professor Anderson Sartori no primeiro período na matéria de Pré História Geral e do Brasil, consulte o link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12703.shtml .

Para você ter uma noção da grandeza do universo católico atualmente acesse: http://www.scb.org.br/ e conheça a Associação Criacionista Brasileira.

Filme: 10.000 a.C


Assim como nas duras críticas que encontrei eu também acredito que o filme se baseou muito encima de uma "linda história de amor", o que fez com que perdesse em muito sua credibilidade perante aos historiadores que o aguardaram por tanto tempo como uma grande amostra de tempos primordiais.

(Fonte: http://acritica.files.wordpress.com/2008/09/10000ac_01.jpg)

Outro ponto que enfraqueceu bastante o filme é a questão do humor, que empregaram em meio a situações muitos sérias, e que além de tudo não tinha nada a ver com o espírito do filme.
O misticismo também se fez muito presente e ultrapassou até mesmo a barreira da morte, outro ponto negativo.

No entanto os gráficos são muito reais e ilustraram fielmente a realidade pré histórica. Somente o tamanho das manadas de mamutes me impressionaram, pois pensava em um número bem menor de animais por grupo.

A obra evidencia muito bem o dia a dia de uma tribo, a divisão por sexos, o trabalho pré definido, as caçadas em bandos... Esta parte me convenceu bastante.

Uma questão ficou pairando no ar, pois destaca-se a amizade do personagem principal com um tigre dente de sabres, mas esta relação não dura mais do que 5 minutos na trama, evidenciando o quanto a proposta do filme encontrasse perdida. Além de que a possibilidade desta relação chega a ser patética.

Em suma é uma obra que demonstra basicamente o cotidiano tribal de uma forma bastante real, mas que no entanto o escritor se perdeu em devaneios amoros e humoristicos fazendo perder-se a dimensão deste trabalho, contudo deve-se lembrar que talvez esta tenha sido a intenção, apesar de não ser isto que pareciam dizer suas palavras.

Desta forma o filme pode até ser utilizado como forma de expor a sociedade tribal e a questão da mega-fauna, mas quem fizer isto deve estar ciente de sua responsabilidade devendo alertar àqueles que serão intruídos a partir da obra.

Europa medieval e suas três dimensões: impérios bizantinos, islâmicos e sociedade feudal

Infelizmente até hoje somente a Europa é vista como ponto de referência no que diz respeito a desenvolvimento social, talvez porque esse povo tenha sido aquele que mais a contemplou. No entanto fazer uso somente dos acontecimentos de um local é cair no obscurantismo. É o mesmo que esconder as verdades.

Nenhuma civilização se desenvolve sozinha. Ela busca em outras as fontes necessárias aos seus preceitos. Assim como os gregos foram buscar no alfabeto fenício a solução para seus intercâmbios econômicos.

Os impérios bizantinos e islâmicos juntos da rivalidade existente entre os mesmos ajudam a esclarecer o que era o mundo feudal afinal estes três resultam de um único sistema desintegrado, o antigo império romano.

Os muçulmanos são a prova de que o mundo europeu teve uma grande colaboração por parte destes dois mundos, pois foi através deles que a Europa pode conhecer grandes obras como a do mestre Aristóteles. Sem este intercâmbio talvez os europeus não tivessem desenvolvido tanta capacidade lógica, talvez lhe faltasse o subsídio filosófico.

Assim é fundamental conhecer cada uma dessas três realidades a fim de interligá-las, pois uma possui além das semelhanças com as outras também as interligações culturais. Ao passo de que uma possa ter sido superior em termos de repercussão não quer dizer que é melhor do que tais, afinal caminham lado a lado e vem do mesmo local, logo cada uma possui seus grandes lances culturais junto logicamente de suas falhas sociais.


(Fonte:http://br.geocities.com/monsenhorpaulolaureano/Declaracao_Conjunta_ficheiros/image002.jpg)

As cruzadas medievais e suas conseqüências


As cruzadas tiveram inicio com o grande excedente populacional originado da política do primogênito, sobre a qual somente o primeiro filho de qualquer nobre herdava tudo o que era de seus pai, desta forma os demais herdeiros eram nobres sem terra que em conjunto com pobres desejosos de terras a legar a seus filhos partiam então rumo a conquistas territoriais, formando então as expedições das chamadas cruzadas.

Através destas conquistas oriente e ocidente foram se aproximando ainda mais através das aberturas provocadas por mar e quebra de divisas. Este importante momento marca o início do contato de civilizações (expansão externa) junto com a exploração de áreas menos produtivas (expansão interna).

Ambas as expansões são responsáveis por intensas mudanças nas sociedades medievais, sobretudo na européia:

1. Expansão interna: O contato com pântanos e florestas ocasionou um grande impulso nas invenções tecnológicas que facilitaram a agricultura que por sua vez expandiu-se grandiosamente.

2. Expansão externa: Já a inter-relação com outras etnias facilitou a troca de mercadorias abrindo as portas a novas matérias primas, inicia-se o intercâmbio mercantil. O início da sociedade capitalista dentro do contexto feudal.

As cruzadas foram responsáveis por um rápido avanço cultural e econômico e as mudanças ocasionadas devido elas são inquestionáveis perante sua grandiosa importância a todo o mundo.

Oriente e Ocidente, até que ponto? A partir dos acontecimentos de 11 de setembro

Assistir o documentário Fahrenheit 9-11 foi fundamental para que eu compreendesse toda a relação existente entre oriente e ocidente já que não imaginava sequer a metade do que esta por detrás dos acontecimentos desta triste data.

Não sabia como Bush chegou a presidência americana, muito menos que sua vitória não era desejo da sociedade. Foi incrível a gama de acontecimentos simultâneos explanada pelo filme, sendo que todos indicam a enorme ligação do atual presidente com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

A partir do momento em que tive acesso a tais informações cheguei a conclusão de que a guerra não foi mera coincidência e que todos os atos foram meramente calculados sobre a vista de George W. Bush, que no momento preocupava-se com seu descanso, proveniente do desprezo que recebeu da população. Esta obra nos leva a calcular até onde Bush está envolvido no terrorismo, sendo que esta é uma questão que possui uma enorme gama de possibilidades. Sendo assim acredito que a tensão entre os dois mundos tende a persistir por muito tempo, sobretudo enquanto os Bush estiverem no comando americano, já que é clara a estreita relação deles com a família Osama.

Até que ponto a situação provocada pelos sauditas interferirá no mundo não sabemos, mas pelo seu poderio não devemos crer que seja pouca coisa o que nos aguarda caso sejam contrariados, sobre tudo porque não sabemos ao certo o tipo de relação que possuem com a grande potência mundial. Mas as evidências apontam para uma forte aliança que infelizmente oferece riscos a todo o mundo, uma vez que ambos são capazes de tudo, devido sua forte ambição política e principalmente econômica.



Helenismo, o avanço cultural"

Com o intuito de propagar a cultura grega sobre os territórios conquistados Alexandre III conseguiu uma façanha enorme, fazer avançar tudo o que dizia respeito a educação e a arte. Sendo ele próprio um amante destas fez com que o mundo tomasse consciência de sua importância. A partir de suas grandes obras as civilizações se abriram ao conhecimento. Há meu ver o que leva este período a ser considerado tão importante foi sem dúvida alguma este florescimento cultural.

Neste período surgem pensadores fundamentais em todas as áreas do conhecimento:


A estes nomes são atribuídas grandes descobertas, as quais devemos as bases de nossas sabedorias atuais.
Abaixo busto de Alexandre, o Grande:


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


A obra acima foi indicada por minha professora Ana Oliveira e será alvo das discussões que seguem.

O filme é muito bem produzido e conta com uma verassidade incrível. Relata muito bem os principais problemas vivenciados pela extensa comunidade miserável africana atualmente como a aids, a fome, a violência, a exploração estrangeira entre outras temáticas.

Ao mesmo tempo mostra também a outra face da moeda, expondo os trabalhos de organizações não governamentais que buscam conter os danos de super potências sobre este povo. Neste contexto entra a tirania empregada sobre aqueles que desejam ajudar os mais necessitados, quaisquer ato desta espécie é contido imediatamente sobre as formas mais repulsivas de contenção.

Entre estes extremos a história é relatada sobre o amor de um casal, história esta que é interrompida no momento em que a esposa humanitária Tesse é morta ao ter seu trabalho em prol da África descoberto, então Justin descobri de uma só vez os segredos profissionais de sua esposa e a máfia empresarial que a assacinou por tentar desvendá-la ao mundo.

Basicamente estes são os pontos culminantes da obra, que sobre meu olhar é bastante fiel, ao menos até onde pude perceber. Lógico que não sou nenhuma grande crítica de renome, mas arriscaria um palpite afirmando que a obra está muito bem fundamentada; lindamente explanada com um trabalho sútil, forte, verídico mas ao mesmo tempo delicado ao exibir as brutalidades.

Apreciei muito a obra, sobretudo porque particularmente não consigo assistir esta espécie de filme até o final devido as cenas extremamente brutas, que neste caso não foi um empasse que me levasse a desistir por possuir passagens amenas da criminalidade. Importante ressaltar que mesmo não apresentando as partes mais drámaticas me levou a tirar todas as conclusões necessárias, e o melhor, sem aquela exposição cruel de cenas horrendas que a meu ver podem e devem ser evitadas, sobretudo quando desejamos trabalhar isto com jovens alunos.

A meu ver é uma ótima indicação, especialmente para trabalhos com séries iniciais.

O Preconceito Língüistico

O preconceito lingüístico é uma questão histórica. Perceptivel a partir do emprego do ensino jesuítico (século XVI) com a descoberta de nosso país, assim como já sabemos, os padres lecionavam aos descendentes europeus a tradicional doutrina junto das línguas cultas como o latim, enquanto que para os índios era fornecida somente o ensino religioso (vale ressaltar que com o tempo os nativos obtiveram os mesmo privilégios pertencentes a alta sociaedade).

Tal fato contribuiu para que nosso país fosse visto mundialmente como uma nação atrasada, ainda mais pelo fato de termos uma evolução atrasada e lenta. Perante as sociedades estrangeiras e ditas de primeiro mundo somos ainda "primitivos" como se costuma afirmar. Logo, esta questão gera um embate preconceituoso.

E como se não bastasse temos também a questão dos dialetos, que são muitos, ainda mais pela grande quantidade de imigrantes descendentes de todo o mundo. As moldações de cada cultura proporcionam uma sensação de falar errado, que na verdade são somente maneiras diferentes de pronuncia, as chamadas variedades lingüísticas.

Concluo então que estes teriam sidos os três principais determinantes na concepção do preconceito lingüístico, sobre tudo em nosso país. Resumindo-os:



1) O mau emprego da educação; exclusão lingüística sobre alguns povos desde os primórdios.

2) A evolução patriarca tardia e lenta; demoramos a nos formar como país, e conseqüentemente a instalar uma língua padrão.

3) A grande variedade da língua; decorrente da agregação de muitos povos que tiveram que mudar sua língua vernácula.

(Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho2Sa1MIgMgyTakx_DQS_n8IsOCnMKsALc7TBYNavvOCn8L9oxkFV3uFK13kmw53tJuxqT8RiyHoCWsTreRo4DsJeh68C4u8A04NhFgEAC_KHW5GMlRqa6TdOhTn2x0Onmewd1n3RL/s320/todas-as-criancas-do-brasil06.jpg)

Evolução humana

Nossa árvore genealógica mantem-se sobre continuas mudanças, basta surgir uma única descoberta arqueológica e será necessário reorganizá-la novamente. Tais alterações são essenciais à compreensão de nossas características, pois como sabemos ainda existem questões em aberto sobre o que conhecemos atualmente de nossos antepassados.

O fato em questão é que para chegarmos até aqui atravessamos mais de 7.000.000 de anos repletos de mudanças físicas e também psíquicas, mas devemos deixar claro que esta datação também é contestável, pois como já mencionei estamos suscetiveis a novos descobrimentos, e um destes pode vir a ser um ancestral ainda mais distante que nos levaria a modificar nossas afirmações.

As diferenças entre nossa geração e as oito antepassadas são bastante claras, o que nos demonstra isso facilmente é nosso modo de viver, bruscamente mais complexa que a de nossos antepassados.

Assim algumas características contemporâneas alheias às de nossos antecedentes (constatadas no homem moderno a partir de 130 000 anos atrás) seriam o aumento do crânio e da destreza das mãos, assim como o surgimento da fala e da expressão artística acompanhadas de uma grande capacidade de aprendizagem.

Por outro lado, há nossas semelhanças para com estes hominídeos. A principal seria possuir como ancestral comum um primata. A partir do qual começou o desenvolvimento de nosso corpo, mente, postura, modo de locomoção, que por sua vez modificaram pouco a puco nosso meio de vivência, ferramentas de uso cotidiano, capacidade de expressão, entre outras coisas. Chegando ao estágio que presenciamos atualmente, o qual, acredito eu, certamente irá mudar também assim como os demais.


Caçadores e coletores; a iniciação da arte rupestre

Assim que o homem adentra o interior de cavernas com o intuito de se proteger dos fenômenos naturais e de possíveis predadores surge também os primeiros registros de desenvolvimento intelectual, a arte rupestre. Entretanto há várias controvérsias quanto a função destes desenhos.

Alguns pesquisadores afirmam que possuíam função prática, como a reprodução de uma realidade a fim de um ensinamento, mas há também aqueles que alegam não passar de simples desenhos infantis. Atualmente descobertas mostram que algumas cavernas possuem desenhos magníficos e datados como sendo um dos primeiros a surgir, o que comprovaria que eram muito mais do que simples expressão de crianças.
(Fonte:http:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj27Mw5sS0dCmOoW7H04_YmdnpiFckEnIQMMEvMeRjHtgsbvD2Em9dfV4oIgkR43-6xVFyNIyfkG9kV5uM-YbEzZ82GCRD9AGFB9gX71kgLsUpbMGktK6ua2_8vpa-VPot1k15bYVfsjTGx/s300/Foto_capa1b_logo.jpg)

Cada um possui sua opinião, já que na história possuímos milhões de fontes comprobatórias suscetíveis a indagações. Eu particularmente acredito que tal arte possuía realmente a função de encaminhar o jovem hominídeo a seu cotidiano caçador e coletor, e inclusive creio que serviam para valorizar o local onde habitavam, apesar de serem nômades. Seria um passatempo com função educacional e também decorativo.

Esta arte está diretamente ligada ao conceito cultura, afinal são registros, e como todos os pertencentes a esta categoria possuem a função de reproduzir as ações cotidianas passadas. Deve se ressaltar neste ponto que nosso país ainda não se deu conta (inteiramente) da importância da preservação dos sítios arqueológicos, mas em contraponto existem iniciativas (não governamentais) muito interessantes como a ABAR (Associação Brasileira de Arte Rupestre). Segue um link onde você pode encontrar maiores informações sobre a história e proposta desta importante fundação: http://www.ab-arterupestre.org.br/associacao.asp .

A ocupação do território americano via Estreito de Bering

A teoria mais aceita atualmente sobre a ocupação das Américas é a de que os grupos de caçador-coletores chegaram aqui enquanto seguiam manadas pelo Estreito de Bering (ponte de gelo entre a Ásia e o Alasca, hoje imersa) buscando, obviamente, sua alimentação através da caça. Esta travessia data de aproximadamente 15.000 atrás (há uma grande controvérsia nesta questão temporal). Logo podemos constatar que os indivíduos primitivos não vieram sozinhos, mas sim impulsionados por uma necessidade vital.


Ao chegar aqui se depararam com ecossistemas muito diferentes dos quais estavam habituados, incluindo-se a extinta mega-fauna (composta por seres com tamanhos exorbitantes), assim podemos concluir que a luta pela sobrevivência era cotidiana e realmente muito difícil, já que conviver frente-a-frente com animais de toneladas e vários metros de altura, com certeza é uma tarefa exaustivamente inviável.



Além da mega-fauna, há ainda a questão da geografia, clima e flora que implicaram diretamente sobre o cotidiano humano, vale ressaltar que tais características eram muito semelhantes as que vivenciamos atualmente, embora houvesse a questão da grande glaciação. No entanto essas diferiam muito do habitat natural destes imigrantes. Estes fatores biológicos fizeram com que o ser primitivo tivesse que se moldar a ele, modificando inclusive a cultura, mas ao que percebemos nossa espécie não encontrou grandes problemas, sendo que outros seres foram extintos justamente por não conseguir sobreviver a tal ecossistema.

Devemos, no entanto lembrar que existem várias teorias que tentam explicar como e quando se deu a ocupação humana no ambiente americano, e também que é extremamente importante conhecermos cada uma delas, afinal aquela que hoje é considerada mais provável amanhã pode ser simplesmente descartada, desta forma nós historiadores precisamos nos reciclar incessantemente. Inclusive há um ótimo artigo sobre esta questão que retrata algumas das mais conhecidas teorias da ocupação americana, se chamaMigração pré-histórica: explicações da genética”. Sugiro que leia esta publicação, caso deseje mais informações e/ou assista a vídeo-aula que segue :


Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S.J.”

No contexto da pré-história o que mais me chamou atenção dentre minhas leituras foram sem dúvida alguma as civilizações sambaquieiras. O sambaqui por si só já é um mistério a ser entendido. E toda a forma de sobrevivência desse povo é fascinante, ainda mais agora que alguns mitos sobre eles estão sendo desvendados, como por exemplo a constatação de que a alimentação vegetariana estava incluída em sua dieta e parece ter sido de grande atuação apesar do que costumavasse afirmar, entre outras divergências que vem sendo esclarecidas ao longo dos anos.

Adoro este tema. Principalmente por fazer parte de nosso contexto, ressaltando que existem sitios desta natureza bem pertinho da gente onde muitos trabalhos são realizados e nos apontam diversas de suas peculiaridades.

Deixo um alerta sobre um dos museus citados pelo professor Anderson Sartori no link: Museus em SC situado em nosso sistema virtual, o chamado Museu Homem do Sambaqui em Florianópolis, certamente é de grande proveito conheçe-lo. Assim que possível estarei visitando-o e logo logo postarei minhas próprias considerações a respeito deste local.

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Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S.J.”


Tipologia do acervo: Antropologia, taxidermia, etnografia

Endereço: Rua Esteves Júnior, n.º 711 - Colégio Catarinense, Centro, Florianópolis – SC. 88015-530Fone: (48) 3251-1516

Horário de abertura ao público: de segunda a domingo das 13:30 ás 17:30