sábado, 28 de fevereiro de 2009

Filme: 10.000 a.C


Assim como nas duras críticas que encontrei eu também acredito que o filme se baseou muito encima de uma "linda história de amor", o que fez com que perdesse em muito sua credibilidade perante aos historiadores que o aguardaram por tanto tempo como uma grande amostra de tempos primordiais.

(Fonte: http://acritica.files.wordpress.com/2008/09/10000ac_01.jpg)

Outro ponto que enfraqueceu bastante o filme é a questão do humor, que empregaram em meio a situações muitos sérias, e que além de tudo não tinha nada a ver com o espírito do filme.
O misticismo também se fez muito presente e ultrapassou até mesmo a barreira da morte, outro ponto negativo.

No entanto os gráficos são muito reais e ilustraram fielmente a realidade pré histórica. Somente o tamanho das manadas de mamutes me impressionaram, pois pensava em um número bem menor de animais por grupo.

A obra evidencia muito bem o dia a dia de uma tribo, a divisão por sexos, o trabalho pré definido, as caçadas em bandos... Esta parte me convenceu bastante.

Uma questão ficou pairando no ar, pois destaca-se a amizade do personagem principal com um tigre dente de sabres, mas esta relação não dura mais do que 5 minutos na trama, evidenciando o quanto a proposta do filme encontrasse perdida. Além de que a possibilidade desta relação chega a ser patética.

Em suma é uma obra que demonstra basicamente o cotidiano tribal de uma forma bastante real, mas que no entanto o escritor se perdeu em devaneios amoros e humoristicos fazendo perder-se a dimensão deste trabalho, contudo deve-se lembrar que talvez esta tenha sido a intenção, apesar de não ser isto que pareciam dizer suas palavras.

Desta forma o filme pode até ser utilizado como forma de expor a sociedade tribal e a questão da mega-fauna, mas quem fizer isto deve estar ciente de sua responsabilidade devendo alertar àqueles que serão intruídos a partir da obra.

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