O preconceito lingüístico é uma questão histórica. Perceptivel a partir do emprego do ensino jesuítico (século XVI) com a descoberta de nosso país, assim como já sabemos, os padres lecionavam aos descendentes europeus a tradicional doutrina junto das línguas cultas como o latim, enquanto que para os índios era fornecida somente o ensino religioso (vale ressaltar que com o tempo os nativos obtiveram os mesmo privilégios pertencentes a alta sociaedade).
Tal fato contribuiu para que nosso país fosse visto mundialmente como uma nação atrasada, ainda mais pelo fato de termos uma evolução atrasada e lenta. Perante as sociedades estrangeiras e ditas de primeiro mundo somos ainda "primitivos" como se costuma afirmar. Logo, esta questão gera um embate preconceituoso.
E como se não bastasse temos também a questão dos dialetos, que são muitos, ainda mais pela grande quantidade de imigrantes descendentes de todo o mundo. As moldações de cada cultura proporcionam uma sensação de falar errado, que na verdade são somente maneiras diferentes de pronuncia, as chamadas variedades lingüísticas.
Concluo então que estes teriam sidos os três principais determinantes na concepção do preconceito lingüístico, sobre tudo em nosso país. Resumindo-os:
1) O mau emprego da educação; exclusão lingüística sobre alguns povos desde os primórdios.
2) A evolução patriarca tardia e lenta; demoramos a nos formar como país, e conseqüentemente a instalar uma língua padrão.
3) A grande variedade da língua; decorrente da agregação de muitos povos que tiveram que mudar sua língua vernácula.
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