A teoria mais aceita atualmente sobre a ocupação das Américas é a de que os grupos de caçador-coletores chegaram aqui enquanto seguiam manadas pelo Estreito de Bering (ponte de gelo entre a Ásia e o Alasca, hoje imersa) buscando, obviamente, sua alimentação através da caça. Esta travessia data de aproximadamente 15.000 atrás (há uma grande controvérsia nesta questão temporal). Logo podemos constatar que os indivíduos primitivos não vieram sozinhos, mas sim impulsionados por uma necessidade vital.
Ao chegar aqui se depararam com ecossistemas muito diferentes dos quais estavam habituados, incluindo-se a extinta mega-fauna (composta por seres com tamanhos exorbitantes), assim podemos concluir que a luta pela sobrevivência era cotidiana e realmente muito difícil, já que conviver frente-a-frente com animais de toneladas e vários metros de altura, com certeza é uma tarefa exaustivamente inviável.
Além da mega-fauna, há ainda a questão da geografia, clima e flora que implicaram diretamente sobre o cotidiano humano, vale ressaltar que tais características eram muito semelhantes as que vivenciamos atualmente, embora houvesse a questão da grande glaciação. No entanto essas diferiam muito do habitat natural destes imigrantes. Estes fatores biológicos fizeram com que o ser primitivo tivesse que se moldar a ele, modificando inclusive a cultura, mas ao que percebemos nossa espécie não encontrou grandes problemas, sendo que outros seres foram extintos justamente por não conseguir sobreviver a tal ecossistema.
Devemos, no entanto lembrar que existem várias teorias que tentam explicar como e quando se deu a ocupação humana no ambiente americano, e também que é extremamente importante conhecermos cada uma delas, afinal aquela que hoje é considerada mais provável amanhã pode ser simplesmente descartada, desta forma nós historiadores precisamos nos reciclar incessantemente. Inclusive há um ótimo artigo sobre esta questão que retrata algumas das mais conhecidas teorias da ocupação americana, se chama “Migração pré-histórica: explicações da genética”. Sugiro que leia esta publicação, caso deseje mais informações e/ou assista a vídeo-aula que segue :
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