quarta-feira, 11 de setembro de 2019

As revoltas regenciais

(A guerra dos farrapos por Roberto Carlos Piva/8ºIII-2019)
Essas revoltas ocorreram devido a insatisfação de escravos, pobres, elites regionais e da classe média urbana. Os maiores problemas desse período foram a centralização do poder, as dificuldades econômicas e o aumento dos impostos.

O Período Regencial ficou marcado pela ocorrência das chamadas Revoltas Regenciais que foram uma série de movimentos espalhados pelo Brasil, tanto no campo quanto nas cidades.

Confira os mapas conceituais produzidos por meus alunos sobre algumas dessas revoltas (clique nas imagens para ampliá-las):

(A revolta dos malês por Gabrielle Cim Teixeira e Eduarda Bonatto Tomasi/8ºII-2019)

(A cabanagem por Ketlin Hoffmann e Larah Priscila Aguiar/8ºII-2019)

(A guerra dos farrapos por George Valtrich e Lorenzo Vilbert Pereira/8ºII-2019)
(A balaiada por Maria Luiza Teixeira da Silva/8ºIII-2019)

(A sabinada por Graziella Peixer/8ºIII-2019)

segunda-feira, 20 de maio de 2019

O Iluminismo e os três poderes

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(Fonte: desconhecida)

Atualmente a divisão dos governos em 3 poderes é tão comum que acaba passando despercebida. Porém essa ideia demorou muitos anos para ser criada, desde a antiguidade homens como Aristóteles pensaram muito sobre a melhor maneira de dividir o poder dentro de uma sociedade.

Atualmente nossos países devem essa divisão a um iluminista chamado Charles de Montesquieu, apelidado de Barão de Montesquieu. Os poderes sugeridos por ele seriam o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Cada país adaptou os 3 poderes de Montesquieu conforme sua necessidade.

Abaixo você pode clicar nas imagens para conferir melhor como funciona cada um dos poderes no Brasil:

(Aluno: Matheus Moacir - 8°I/2019)

(Aluno: Matheus Mavszak Soares - 8° VI/2019)

(Aluna: Amanda Castanho - 8°IV/2019)

quarta-feira, 27 de março de 2019

Martinho Lutero

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Nasceu em 1483 em Eisleben na Alemanha. Sua família de camponeses era pobre, mas seus pais se preocupavam muito com o desenvolvimento intelectual e espiritual dos filhos. Enquanto crescia Lutero aprendeu que Deus era um impiedoso juiz que não era amigo de crianças, pois agia de maneira vingativa quando elas pecavam.

Aos 13 anos o pai de Martinho o mandou para a escola franciscana da cidade de Magdeburgo. Para conseguir sobreviver ele precisou cantar de porta em porta enquanto pedia esmola nas ruas. Felizmente recebeu abrigo na casa de dona Úrsula onde conseguiu se desenvolver rapidamente, tanto que aos 18 anos conseguiu entrar para a universidade de filosofia em Erfurt.

Com apenas 21 anos Lutero já era doutor em filosofia, mas a vida não seria fácil. Uma doença quase o matou, depois sofreu um golpe de espada e logo em seguida um raio caiu ao seu lado.Tudo isso fez com que ele se tornasse mais próximo de Deus e, aos 22 anos, mudou-se para o convento dos agostinianos.

No convento Martinho atendia aos serviços mais humildes, era submisso, devoto e piedoso. A primeira missa que celebrou foi um grande evento, naquele momento ninguém duvidou que ele havia feito a escolha certa ao desistir da faculdade de advocacia para seguir carreira religiosa. Em pouco tempo foi convidado a ensinar filosofia em Wittenberg.

Enquanto exercia sua função de professor, encontrou tempo para estudar as sagradas escrituras e conquistou o grau de baccalaureus ad biblia.  Mais tarde, já ordenado como monge, Lutero viajou para Roma e ficou muito entristecido ao perceber a corrupção em que a igreja católica havia mergulhado.

Em outubro de 1517 Martinho escreveu 95 teses e fixou na porta da Igreja do Castelo, em Wittenberg. A intenção era fazer um debate público sobre a venda de indulgências (perdão) que a igreja católica praticava há muitos anos. Ele sugeriu que Deus desejava o arrependimento, e não o dinheiro, dos pecadores.

Não demorou muito para a igreja se sentir ameaçada e chamá-lo para prestar esclarecimentos. Lutero foi acusado de heresia (agir contra a católica) e exigiram que ele se desculpasse por suas teses. Mas ele se negou e fugiu. Assim o papa Leão X excomungou Martinho que enviou uma carta para ele pedindo que se arrependesse.

Martinho Lutero continou suas pregações, seu público crescia tanto que os sermões eram feitos ao ar livre. Muitos nobres tentaram amedrontá-lo e exigir que se desculpasse com a igreja católica. Certa vez foi cercado por cavaleiros mascarados que o levaram para o príncipe da Saxônia que queria protegê-lo. No castelo ele usou o nome falso de Jorge e fingiu ser cavaleiro.

Protegido da perseguição da igreja, Martinho pôde usar os seus conhecimentos em hebraico e grego para traduzir o Novo Testamento para o alemão. Seu maior desejo era que o povo pudesse ler a bíblia sozinho para não acreditar nos sermões distorcidos e cheio de intenções que os padres e monges católicos faziam.

Lutero acabou abandonando a vida de monge e conheceu Catarina von Bora, uma freira que também decidiu se afastar da igreja católica quando percebeu que tal religião estava agindo contra os desejos de Deus. Eles se casaram, tiveram 6 filhos e começaram a fazer cultos em sua própria casa, onde também recebiam alunos interessados em suas ideias de uma nova religião.

Martinho não cobrava pelos textos que escreveu e muitas vezes meditava por horas esquecendo de se alimentar. Escreveu muitos hinos que são cantados até hoje nas igrejas, com eles criou o primeiro hinário. Ele fazia questão que suas músicas fossem cantadas por todos do culto, e não só pelo coral como a igreja católica exigia.

Insistiu muito para que as mulheres tivessem o direito de estudar, assim como os homens. Escreveu cerca de oitenta volumes em alemão. Mas vivia angustiado com a possibilidade do Papa cumprir a promessa de queimá-lo vivo. Mesmo assim não parou de trabalhar e acreditar numa religião mais preocupada com o povo e menos com o dinheiro e a vingança.

Sofria de muitas doenças e acabou morrendo durante um ataque do coração aos 62 anos de idade. Seu corpo foi levado para o velório e enterro na mesma igreja onde pregou suas 95 teses na porta alguns anos antes. Seus amigos pastores fizeram lindos discursos e o mundo se despediu de um homem que dedicou a vida a demonstrar que a religião católica precisava mudar.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

O fim da escravidão no Brasil

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(Quadro de François-Auguste Biard. Palácio de Versalhes)
A escravidão no Brasil acabou por pressão da Inglaterra, mas por quê?  Por três motivos:
  1. A Inglaterra queria o fim da escravidão porque assim os brasileiros ganhariam salário para trabalhar e poderiam comprar seus produtos, fazendo com que ganhasse mais dinheiro.
  2. Com o trabalho assalariado o açúcar brasileiro ficaria mais caro e assim Inglaterra lucraria mais com a venda do seu próprio açúcar.
  3. Os ingleses não teriam mais as suas terras na África invadidas por traficantes de escravos.

Apesar da pressão inglesa, o processo para acabar com a escravidão no Brasil foi longo, de 1808 até 1888, totalizando 80 anos. Neste período foram criadas várias leis para tentar enganar a Inglaterra. As principais foram:
  • Lei para inglês ver (1831): não era permitido trazer escravos da África para o Brasil, mas se trouxesse não tinha pena nenhuma.
  • O Ato Bill Aberdeen (1845): não podia trazer escravos da África para o Brasil, pois se fizesse isso seria preso por pirataria ficando pouco tempo na prisão.
  • Lei Eusébio de Queiroz (1850): não era permitido trazer escravos da África para o Brasil, mas se trouxesse era preso por crime hediondo (crime grave) por cerca de 30 anos.
  • Lei de Ventre Livre / Rio Branco (1871): esta lei dizia que se um escravo tivesse um filho ele/ela poderia ser livre aos 8 anos, mas para isso D. Pedro II teria que indenizar o dono dele. Caso o dono do escravo não fosse indenizado, ele poderia trabalhar como escravo até os 21 anos para pagar por sua libertação e depois iria embora.
  • Lei dos Sexagenários (1885): falava que os escravos que alcançassem 65 anos poderiam sair da fazenda. Mas era raro, pois eles só viviam de 30 a 40 anos, afinal tinham uma vida muito difícil, alguns, quando sentiam muita fome, chegavam a comer barro.

Quando D. Pedro II estava no Egito, a Inglaterra ameaçou a Princesa Isabel, que já tinha vários problemas de saúde e de autoestima, comunicando que se ela não assinasse a Lei Áurea a Inglaterra declararia guerra contra o Brasil. Ela, com medo, assinou a lei no dia 13 de março de 1888 acabando de vez com a escravidão dos negros em nosso país.

Logo depois de libertos os ex-escravos se viram desesperados e completamente sem apoio, esperança ou oportunidade. Alguns foram morar nos morros, pois por lá não tinha brancos e isso formou as favelas; outros ficaram morando com seus antigos donos porque sabiam que ali teriam abrigo, comida e segurança; alguns tiveram que roubar, pois estavam desesperados; alguns se prostituíam (tanto homem, quanto mulher) por um prato de comida, outros se suicidavam; alguns usavam drogas ou álcool para tentar esquecer o sofrimento; alguns procuravam trabalhos, e as mulheres eram quem mais conseguiam para limpar casas ou lavar roupas, mas era um trabalho semi-escravo.

Depois de tanto sofrimento, os escravos conseguiram a sua tão desejada liberdade, mas, ainda assim sofreram com preconceito, trabalho semi-escravo e quase todo o tipo de desigualdade humana. E hoje, 130 anos após o fim da escravidão, eles ainda sofrem com o racismo e a exclusão social.

(Texto produzido voluntariamente pela aluna Emily Straus - 8ºIII/2018 sobre orientação de sua professora Janaina da Silva)