sábado, 2 de março de 2013

Maias

(Foto de uma das cidades maias atualmente)

As cidades-estado maias nunca se uniram em um único governo. Cada uma delas tinha seu próprio rei hereditário e abrigava diferentes povos, entretanto compartilhavam a mesma língua, religião e cultura. Os maias costumavam construir suas cidades em meio a mata fechada na região sul do México. Suas origens remontam a 1.000 anos a.C e as cidades mais significativas foram Chichén Itzá e Tikal.

Cada cidade maia possuía em seu centro uma praça pública e um templo religioso destinado a sacrifícios animais e humanos (geralmente de escravos) para os deuses. Esses templos eram comandados por sacerdotes que desenvolviam a astronomia e a matemática, inclusive eles incluíram o número 0 no sistema numérico e eram facilmente identificados pela testa longa que era moldada desde o nascimento quando os pais colocavam tábuas para prensar a cabeça dos futuros religiosos.

Morar no centro da cidade era um privilégio das pessoas nobres como o rei, sua família, os sacerdotes e os chefes do exército. Os agricultores moravam um pouco mais afastados e recebiam terras do governo para plantar, em troca entregavam parte da produção para o governante da cidade. Os produtos mais cultivados eram o milho, cacau, feijão, algodão, pimenta, sisal, abóbora, mamão e abacate.

Nas plantações precisavam executar todas as tarefas com a força braçal pois não criavam nenhuma espécie de animal e desconheciam a roda. A única ajuda com a qual contavam nas lavouras era a do calendário de 365 dias que orientava os dias apropriados para plantio e colheita de cada tipo de planta. O animal que despertava a admiração maia era o Jaguar devido sua força, inteligência e velocidade por isso utilizavam sua pele na produção de roupas.

No dia-a-dia conviviam com muitas pinturas coloridas que representavam a história da cidade. Algumas histórias ficaram registradas em blocos de pedra através do sistema de escrita simbólico que utilizavam. Com esses símbolos, inclusive, chegaram a escrever um livro sagrado, o Popol Vuh, aonde narravam a criação dos humanos. 

A adoração pelos deuses era tamanha que inventaram um jogo de bola em sua homenagem. A bola pesava em torno de 3 kg e devia ser arremessada dentro de um círculo numa altura considerável usando somente os ombros, quadris e joelhos. Mas infelizmente o povo maia acabou abandonando suas cidades, o motivo ainda é desconhecido.

Talvez tenham entrado em guerra cidade contra cidade e por isso resolveram fugir. Ou talvez tenham partido pra outros locais em busca de comida após um período de reis ambiciosos que se descuidaram das fiscalização das plantações. O fato é que quando os espanhóis "descobriram" as terras maias restavam poucas cidades enfraquecidas que foram dominadas uma a uma. Felizmente alguns descendentes ainda mantém parte da cultura maia, são os quiches. Confira mais detalhes assistindo aos vídeos da série Grandes Civilizações ou assista a vídeo-aula sobre o tema:






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