sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Brasil no contexto latino-americano

Que o nosso país dispõe de muitas riquezas naturais e ampla variedade étnica todo o mundo já sabe. Quanto à realidade social complexa e caótica também não restam dúvidas. Seguindo esta linha os avanços de nosso país também não estão passando despercebidos, felizmente; afinal já estava na hora de perceberem que somos muito mais do que samba, futebol e carnaval.
Para entendermos o complexo preconceito que envolve nossa nação vamos entender nossa constituição, pois é exatamente dela que a grande parte dele deriva.
Nossas raízes coloniais obviamente não trazem aspectos positivos e isto é um fator que ocorre em todos os países latino-americanos, uma vez que derivam do mesmo processo ocupacional que o nosso. Por questões políticas ainda somos dependentes ou dividendos de outras nações, sumariamente européias. Isto tudo advém do processo de colonização responsável também pela gama de estereótipos criados sobre nosso povo, desde os aborígines até os dias atuais.

As colônias em sua maioria são consideradas inferiores a suas metrópoles justamente por se desenvolver a partir do contato com estas, logicamente isto é um preconceito absurdo, mas infelizmente ainda subsisti. Os empréstimos internacionais feitos por diversos países americanos devido às necessidades para manter guerras territoriais durante a implementação de fronteiras deram inicio a crises financeiras e dependências atuais, pois estes empréstimos advinham de países europeus já com a intenção de seu próprio beneficio, pois apoiando determinado país este iria se deparar com a situação de dever favores, das mais variadas espécies. Como vimos, por exemplo, na independência das 13 colônias inglesas, a França vem apoiar esta sociedade com a intenção de aumentar seu mercado consumidor além, é claro, de combater com seu grande rival mercantilista que dominava aquela região, a Inglaterra.

Desta forma os paises europeus ainda nos vêem como inferiores a eles, nunca admitem que existiam nossas grandes sociedades: incas, maias e astecas e que estes eram tão desenvolvido quanto as sociedades européias em certos aspectos. Assim ser uma ex-colônia assume o aspecto de ser uma sociedade que deve sua existência aos colonizadores. Um preconceito absurdo, como já mencionou, mas que acaba por minimizar nossa importância, nos deixando subjugados e minimizados a eles em status.

Com o passar dos tempos antigas picuinhas e preconceitos absurdos vão se diluindo junto do aprimoramento psíquico da humanidade, graças à contínua evolução sistemática dos valores sociais. Mas também possuímos nossa parcela de contribuição no quesito aceitação internacional por nos empenharmos através dos governantes e mudarmos a realidade, embora grande maioria esteja preocupado somente com a repercussão lá fora não importando na verdade a realidade daqui; é a política suja, que devemos ressaltar existe em todos os cantos do globo terrestre.
As similaridades com demais países latinos são oriundas justamente desta questão de descoberta européia enquanto que as diferenças se dão por atitudes governamentais diversas.

O MERCOSUL seria uma nova manifestação com o intuito de unificar e juntar forças latinas contra a dominação e, sobretudo exploração estrangeira, assim como sonhava Simon Bolívar há tantos séculos atrás ao tentar uni-las ainda durante o processo de descolonização.

É possível resumir o papel brasileiro no contexto latino americano como um país rico naturalmente, vasto geograficamente, em desenvolvimento político-socialmente, mas que mostra ao mundo que está preparado para ocupar seu lugar nos altos índices de desenvolvimento.

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