sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Roma, a relação entre marido e mulher

(Cena do filme Spartacus - Fonte desconhecida)

A sociedade romana é considerada um dos principais modelos para o mundo em que vivemos hoje, no entanto, o povo de Roma possuía algumas características muito particulares que não observamos mais entre as pessoas. Agora você vai iniciar uma viagem pelo império romano para descobrir as maiores curiosidades sobre os critérios para a união de duas pessoas nessa civilização poderosa, divirta-se:

O casamento

Em Roma, até mesmo os escravos libertos tinham o direito de se casar porque o casamento era considerado um dever de todos os cidadãos de bem. A união era realizada através de uma cerimônia simples realizada na casa do futuro marido aonde o casal assinava um contrato simples para estabelecer o dote que a esposa receberia de seu pai para formar sua família, sendo assim não havia a presença de juiz, sacerdote ou gesto simbólico. A cerimônia se parecia com os simples jantares de noivado que realizamos atualmente.

A noite de núpcias

A primeira noite do casal era observada pelos convidados do casório que serviam como testemunha da união para o caso de alguém querer contestar aquele casamento. Muitas vezes as esposas se sentiam envergonhadas com a situação e, nesse caso, os maridos poderiam privá-la do constrangimento não fazendo sexo com ela, entretanto, eles tinham o direito de obter prazer com suas escravas ou até mesmo com os convidados da festa que tinham o dever de alegrar o casal durante a noite de núpcias.

O amor

Encontrar amor dentro do casamento era uma questão de sorte. O sentimento não era o motivo para se casar, era apenas uma boa consequência que poderia, ou não, ocorrer. Podemos dizer que não havia amor entre os casais, mas sim um pacto de amizade que deveria ser respeitado porque as brigas eram chocantes e revelavam que os envolvidos não sabiam se controlar. Lembrando que era uma amizade desigual porque a mulher deveria ser a parte submissa da relação.

O papel do marido

Os desentendimentos entre os casais podiam ocorrer, mas o marido deveria aprender a suportar as falhas de sua esposa para tratá-la bem. Se o homem conseguisse fazer isso já estaria mais preparado para as dificuldades do mundo e seria considerado uma pessoa de mérito. Roubar a esposa de alguém ou trair a sua mulher eram erros graves. Um homem de bem sabia que a relação sexual era realizada para ter filhos e não para sentir prazer, por isso, se ele traísse a esposa estaria sendo fraco e seria tão criticado quanto uma esposa infiel. 

A traição

O ideal era manter a monogamia respeitando a pessoa com quem se casou, no entanto, a mulher era considerada um simples instrumento ou, no máximo, uma companheira de seu esposo e, por esse motivo, deveria reconhecer sua inferioridade em relação ao marido e respeitá-lo incondicionalmente. Caso a esposa cometesse uma traição, o marido não seria considerado "corno" como costumamos fazer atualmente, pois isso não era considerado uma vergonha, mas sim uma falta de cuidado. Como sua mulher era inferior, ele seria acusado de não ter vigiado ela corretamente, era a mesma situação quando uma filha engravidava antes do casamento por exemplo. Por isso as esposas só poderiam visitar as amigas sem fossem bem acompanhadas por alguém de confiança da família.

O divórcio

Para se divorciar bastava se afastar do seu parceiro e esse direito era garantido a homens e mulheres. O mais interessante na sociedade romana é que, além de poder se divorciar, a mulher também possuía o direito de levar consigo o seu dote após abrir mão de seu casamento. A desvantagem feminina é que, em caso de separação, os filhos deveriam ficar com seus pais.

Então, para uma sociedade antiga, Roma era bastante moderninha não é mesmo?! Afinal, era a única sociedade da época em que as esposas tinham o direito de se divorciar no caso de insatisfação. Como sabemos, após o fim do império romano as mulheres foram submetidas a séculos e séculos sem qualquer tipo de direito. Sendo assim, quando a questão é a convivência amorosa, parece que temos muito mais em comum com os romanos do que podíamos imaginar.

Espero que tenha gostado dessas curiosidades romanas e deixe seu comentário sobre esse texto para trocarmos ideias, até mais!

Nenhum comentário: