segunda-feira, 2 de março de 2009

Práticas doscentes e seus desdobramentos


Aprender é algo extremamente complexo e as práticas utilizadas fazem toda a diferença, logo o professor assume um papel fundamental, sendo como uma mola propulsora, que nos leva a amar ou até mesmo a odiar o assunto em questão.

Felizmente ao longo de minha jornada escolar a maioria dos profissionais da educação eram muito dedicados e era perceptivel o amor pelo o que estavam fazendo, desta forma era muito prazeroso assistir a suas aulas. O problema maior, sobretudo no meu caso de rede pública de ensino, eram os doscentes substitutos, que na maioria das vezes sequer atuavam nesta matéria, ou até mesmo nesta área. Outras tantas eram educadores já aposentados com uma prática muito antiga e que não aceitavam contestações.

Desviando destes contratempos as práticas que mais me cativavam eram as aulas dinâmicas com debates, pinturas, montagens, produção de gibis e jornais, as que faziam uso de multimídias, teatro, jogos, gincanas, inter-relacionamento entre temas, contextualizações, entre outras coisas deste gênero que nos despertavam. Além das exposições dos professores que se portavam muito bem, chamavam a atenção para si e conseguiam manejar até mesmo os mais agitados da classe. Certa vez realizamos uma exposição de arte com quadros de nossa autoria baseado na escravidão colonial, hoje realizo meu estágio nesta mesma escola e fico feliz de perceber que ainda se preza pela apreensão das crianças.

Como nem tudo são flores houve os momentos em que as aulas tornavam-se cansativas, sobretudo quando o emprego da chamada “ditação” era excessivo. Os monólogos também me deixavam entediada assim como a leitura executada pela sala inteira simultaneamente que assumiam o papel de meras palavras soltas ao vento, as quais ninguém conseguia se concentrar. Uma prática educativa que me deixa irritada é aquela onde o mesmo exercício do caderno é copiado para a prova, parece que estão subestimando a inteligência do educando. Alguns professores traziam desenhos sobre algum tema para a gente colorir, até hoje não entendo o que a gente ia assimilar com aquela coloração desenfreada. Não cheguei a presenciar muitos momentos com estas práticas, ao menos em nossa disciplina, graças a meus grandes mestres que fazem muito falta.


Assim que assumir meu papel frente a uma sala de aula pretendo empregar os mesmo métodos positivos que meus professores utilizaram comigo e acrescentar a elas uma das sugestões de nosso livro, a simulação de fórum, que me pareceu muito cativante. Espero fazer a diferença, ser diligente e alegre durante as explicações. Fazer uso de instrumentos, fazer notar minha presença, no dia do índio espero chegar com o rosto pintado no mínimo, assim como o professor G do filme “Escola da Vida” que coincidentemente também era um historiador. A principio são estas as idéias que assumirei em meu currículo escolar.

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