domingo, 15 de janeiro de 2012

Thomas Alexander Cochrane, herói ou vilão da Independência Brasileira?

(Fonte desconhecida)
O escocês Thomas Alexander Cochrane, alto, bonito, destemido, rei dos mares, era uma verdadeira celebridade, reconhecido internacionalmente ao ponto de ser chamado de "El Diablo" pelo maior estrategista militar de sua época, Napoleão Bonaparte. Integrante da grandiosa marinha britânica, perdeu seu cargo junto do seu título de nobreza ao ser acusado de fraudes na bolsa de valores.

Teimoso, narcisista e ganancioso, possuía o hábito de desacatar seus superiores. Expulso das poderosas embarcações da Inglaterra passou a trabalhar para as nações emergentes que buscavam a independência de suas metrópoles se tornando uma espécie de libertador dos povos. Seus barcos incendiários eram capazes de vencer inimigos poderosos.

Suas manobras eram ousadas e acompanhadas de invenções como lâmpadas de comboio usadas em navios, propulsores a vapor, máquinas de alta pressão e armas químicas. Atuando em países vizinhos foi visto como uma saída para a Independência brasileira. Só um militar deste calibre poderia libertar nosso país das invasões portuguesas que atrapalhavam os planos de separação dos dois países.

O ministro brasileiro, José Bonifácio, decide contratar os serviços de Cochrane que atuou na Independência do Brasil e também na Confederação do Equador. Os serviços do primeiro almirante da marinha brasileira foram satisfatórios, fez um verdadeiro milagre ao vencer as batalhas com os péssimos navios a disposição e o baixo valor em caixa para comprar armamentos e manter as embarcações em bom estado.

O problema é que o general tinha o péssimo hábito de fazer fortuna saqueando os lugares por onde passava. Em São Luiz do Maranhão, por exemplo, após expulsar os portugueses acabou furtando a cidade num valor aproximado de quarenta milhões de reais. Juntas Salvador, São Luiz e Belém sofreram uma perda de praticamente setenta e cinco milhões.

O governo brasileiro não considerou todo esse valor como soldo de guerra, devolvendo muita coisa a seus verdadeiros donos, desconsiderando o pedido de Cochrane que desejava receber todo o dinheiro. Aborrecido, o  oficial decidiu partir do país em 18 de maio de 1825 levando consigo a fragata Ipiranga. Essas atitudes deixam a dúvida: afinal ele foi um herói ou um vilão de nossa independência?

O homem que planejara trazer Napoleão para a América e formar uma confederação terminou seus dias no ano de 1860, já reabilitado na marinha britânica e tido como herói. Até 1874 o Brasil ainda pagava indenizações a seus familiares descontentes pelo pagamento considerado injusto. Você pode encontrar mais detalhes da vida desse polêmico navegador em 1822 de Laurentino Gomes.

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